domingo, 4 de dezembro de 2011

CANÇÃO DOS HOMENS

Que quando chego do trabalho ela largue por um instante o que estiver fazendo
- filho, panela ou computador - e venha me dar um beijo como os de antigamente.
Que quando nos sentarmos à mesa para jantar
ela não desfie a ladainha dos seus dissabores domésticos.
E se for uma profissional, que divida comigo o tempo de comentarmos nosso dia.
Que se estou cansado demais para fazer amor,
ela não ironize nem diga que "até que durou muito" o meu desejo ou potência.
Que quando quero fazer amor ela não se recuse demasiadas vezes, nem fique impaciente ou rígida, mas cálida como foi anos atrás.

Que não tire nosso bebê dos meus braços dizendo que homem não tem jeito pra isso, ou que não sei segurar a cabecinha dele, mas me ensine docemente se eu não souber.

Que ela nunca se interponha entre mim e as crianças, mas sirva de ponte entre nós quando me distancio ou me distraio demais.
Que ela não me humilhe porque estou ficando calvo ou barrigudo, nem comente nossas intimidades com as amigas, como tantas mulheres fazem.

Que quando conto uma piada para ela ou na frente de outros, ela não faça um gesto de enfado dizendo "Essa você já me contou umas mil vezes".

Que ela consiga perceber quando estou preocupado com trabalho, e seja calmamente carinhosa, sem me pressionar para relatar tudo, nem suspeitar de que já não gosto dela.

Que quando preciso ficar um pouco quieto ela não insista o tempo todo para que eu fale ou a escute, como se silêncio fosse falta de amor.
Que quando estou com pouco dinheiro ela não me acuse de ter desperdiçado com bobagens em lugar de prover minha família.
Que quando eu saio para o trabalho de manhã ela se despeça com alegria, sabendo que mesmo de longe eu continuo pensando nela.
Que quando estou trabalhando ela não telefone a toda hora para cobrar alguma coisa que esqueci de fazer ou não tive tempo.

Que não se insinue com minha secretária ou colega para descobrir se tenho amante.
Que com ela eu também possa ter momentos de fraqueza e de ternura, me desarmar, me desnudar de alma, sem medo de ser criticado ou censurado: que ela seja minha parceira, não minha dependente nem meu juiz.

Que cuide um pouco de mim como minha mulher, mas não como se eu fosse uma criança tola e ela a mãe, a mãe onipotente, que não me transforme em filho.

Que mesmo com o tempo, os trabalhos, os sofrimentos e o peso do cotidiano, ela não perca o jeito terno e divertido que tanto me encantou quando a vi pela primeira vez.
Que eu não sinta que me tornei desinteressante ou banal para ela, como se só os filhos e as vizinhas merecessem sua atenção e alegria.
E que se erro, falho, esqueço, me distancio, me fecho demais, ou a machuco consciente ou inconscientemente,

Ela saiba me chamar de volta com aquela ternura que só nela eu descobri, e desejei que não se perdesse nunca, mas me contagiasse e me tornasse mais feliz, menos solitário, e muito mais humano.

Lya Luft

sábado, 3 de dezembro de 2011

CARTA DA 14ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE À SOCIEDADE BRASILEIRA

O primeiro edital para a juventude com recorte para a juventude de terreiro , mobilize se articule

 

Todos usam o SUS: SUS na Seguridade Social!

Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro

Acesso e Acolhimento com Qualidade: um desafio para o sus

Nestes cinco dias da etapa nacional da 14ª Conferência Nacional de Saúde reunimos 2.937 delegados e 491 convidados, representantes de 4.375 Conferências Municipais e 27 Conferências Estaduais.

Somos aqueles que defendem o Sistema Único de Saúde como patrimônio do povo brasileiro.

Punhos cerrados e palmas! Cenhos franzidos e sorrisos.

Nossos mais fortes sentimentos se expressam em defesa do Sistema Único de Saúde.

Defendemos intransigentemente um SUS Universal, integral, equânime, descentralizado e estruturado no controle social.

Os compromissos dessa Conferência foram traçados para garantir a qualidade de vida de todos e todas.

A Saúde é constitucionalmente assegurada ao povo brasileiro como direito de todos e dever do Estado. A Saúde integra as políticas de Seguridade Social, conforme estabelecido na Constituição Brasileira, e necessita ser fortalecida como política de proteção social no País.

Os princípios e as diretrizes do SUS – de descentralização, atenção integral e participação da comunidade – continuam a mobilizar cada ação de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores do SUS.

onstruímos o SUS tendo como orientação a universalidade, a integralidade, a igualdade e a equidade no acesso às ações e aos serviços de saúde.

O SUS, como previsto na Constituição e na legislação vigente é um modelo de reforma democrática do Estado brasileiro. É necessário transformarmos o SUS previsto na Constituição em um SUS real.

São os princípios da solidariedade e do respeito aos direitos humanos fundamentais que garantirão esse percurso que já é nosso curso nos últimos 30 anos em que atores sociais militantes do SUS, como os usuários, os trabalhadores, os gestores e os prestadores, exercem papel fundamental na construção do SUS.

A ordenação das ações políticas e econômicas deve garantir os direitos sociais, a universalização das políticas sociais e o respeito às diversidades etnicorracial, geracional, de gênero e regional. Defendemos, assim, o desenvolvimento sustentável e um projeto de Nação baseado na soberania, no crescimento sustentado da economia e no fortalecimento da base produtiva e tecnológica para diminuir a dependência externa.

A valorização do trabalho, a redistribuição da renda e a consolidação da democracia caminham em consonância com este projeto de desenvolvimento, garantindo os direitos constitucionais à alimentação adequada, ao emprego, à moradia, à educação, ao acesso à terra, ao saneamento, ao esporte e lazer, à cultura, à segurança pública, à segurança alimentar e nutricional integradas às políticas de saúde.

Queremos implantar e ampliar as Políticas de Promoção da Equidade para reduzir as condições desiguais a que são submetidas as mulheres, crianças, idosos, a população negra e a população indígena, as comunidades quilombolas, as populações do campo e da floresta, ribeirinha, a população LGBT, a população cigana, as pessoas em situação de rua, as pessoas com deficiência e patologias e necessidades alimentares especiais.

As políticas de promoção da saúde devem ser organizadas com base no território com participaçãointer-setorial articulando a vigilância em saúde com a Atenção Básica e devem ser financiadas de forma tripartite pelas três esferas de governo para que sejam superadas as iniqüidades e as especificidades regionais do País.

Defendemos que a Atenção Básica seja ordenadora da rede de saúde, caracterizando-se pela resolutividade e pelo acesso e acolhimento com qualidade em tempo adequado e com civilidade.

A importância da efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos, além da garantia de atenção à mulher em situação de violência, contribuirão para a redução da mortalidade materna e neonatal, o combate ao câncer de colo uterino e de mama e uma vida com dignidade e saúde em todas as fases de vida.

A implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra deve estar voltada para o entendimento de que o racismo é um dos determinantes das condições de saúde. Que as Políticas de Atenção Integral à Saúde das Populações do Campo e da Floresta e da População LGBT, recentemente pactuadas e formalizadas, se tornem instrumentos que contribuam para a garantia do direito, da promoção da igualdade e da qualidade de vida dessas populações, superando todas as formas de discriminação e exclusão da cidadania, e transformando o campo e a cidade em lugar de produção da saúde. Para garantir o acesso às ações e serviços de saúde, com qualidade e respeito às populações indígenas, defendemos o fortalecimento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. A Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se viabilizar por meio da integração entre a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador e as Vigilâncias em Saúde Estaduais e Municipais. Buscamos o desenvolvimento de um indicador universal de acidentes de trabalho que se incorpore aos sistemas de informação do SUS. Defendemos o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Mental e Álcool e outras drogas, alinhados aos preceitos da Reforma Psiquiátrica antimanicomial brasileira e coerente com as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.

Em relação ao financiamento do SUS é preciso aprovar a regulamentação da Emenda Constitucional 29. A União deve destinar 10% da sua receita corrente bruta para a saúde, sem incidência da Desvinculação de Recursos da União (DRU), que permita ao Governo Federal a redistribuição de 20% de suas receitas para outras despesas. Defendemos a eliminação de todas as formas de subsídios públicos à comercialização de planos e seguros privados de saúde e de insumos, bem como o aprimoramento de mecanismos, normas e/ou portarias para o ressarcimento imediato ao SUS por serviços a usuários da saúde suplementar. Além disso, é necessário manter a redução da taxa de juros, criar novas fontes de recursos, aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a saúde, tributar as grandes riquezas, fortunas e latifúndios, tributar o tabaco e as bebidas alcoólicas, taxar a movimentação interbancária, instituir um percentual dos royalties do petróleo e da mineração para a saúde e garantir um percentual do lucro das empresas automobilísticas.

Defendemos a gestão 100% SUS, sem privatização: sistema único e comando único, sem “dupla-porta”, contra a terceirização da gestão e com controle social amplo. A gestão deve ser pública e a regulação de suas ações e serviços deve ser 100% estatal, para qualquer prestador de serviços ou parceiros. Precisamos contribuir para a construção do marco legal para as relações do Estado com o terceiro setor. Defendemos a profissionalização das direções, assegurando autonomia administrativa aos hospitais vinculados ao SUS, contratualizando metas para as equipes e unidades de saúde. Defendemos a exclusão dos gastos com a folha de pessoal da Saúde e da Educação do limite estabelecido para as Prefeituras, Estados, Distrito Federal e União pela Lei de Responsabilidade Fiscal e lutamos pela aprovação da Lei de Responsabilidade Sanitária.

Para fortalecer a Política de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde é estratégico promover a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em saúde, investir na educação permanente e formação profissional de acordo com as necessidades de saúde da população, garantir salários dignos e carreira definida de acordo com as diretrizes da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, assim como, realizar concurso ou seleção pública com vínculos que respeitem a legislação trabalhista. eassegurem condições adequadas de trabalho, implantando a Política de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS.

Visando fortalecer a política de democratização das relações de trabalho e fixação de profissionais, defendemos a implantação das Mesas Municipais e Estaduais de Negociação do SUS, assim como os protocolos da Mesa Nacional de Negociação Permanente em especial o de Diretrizes Nacionais da Carreira Multiprofissional da Saúde e o da Política de Desprecarização. O Plano de Cargos, Carreiras e Salários no âmbito municipal/regional deve ter como base as necessidades loco-regionais, com contrapartida dos Estados e da União.

Defendemos a adoção da carga horária máxima de 30 horas semanais para a enfermagem e para todas as categorias profissionais que compõem o SUS, sem redução de salário, visando cuidados mais seguros e de qualidade aos usuários. Apoiamos ainda a regulamentação do piso salarial dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Controle de Endemias (ACE), Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) com financiamento tripartite.

Para ampliar a atuação dos profissionais de saúde no SUS, em especial na Atenção Básica, buscamos a valorização das Residências Médicas e Multiprofissionais, assim como implementar o Serviço Civil para os profissionais da área da saúde. A revisão e reestruturação curricular das profissões da área da saúde devem estar articuladas com a regulação, a fiscalização da qualidade e a criação de novos cursos, de acordo com as necessidades sociais da população e do SUS no território.

O esforço de garantir e ampliar a participação da sociedade brasileira, sobretudo dos segmentos mais excluídos, foi determinante para dar maior legitimidade à 14ª Conferência Nacional de Saúde. Este esforço deve ser estendido de forma permanente, pois ainda há desigualdades de acesso e de participação de importantes segmentos populacionais no SUS.

Há ainda a incompreensão entre alguns gestores para com a participação da comunidade garantida na Constituição Cidadã e o papel deliberativo dos conselhos traduzidos na Lei nº 8.142/90. Superar esse impasse é uma tarefa, mais do que um desafio.

A garantia do direito à saúde é, aqui, reafirmada com o compromisso pela implantação de todas as deliberações da 14ª Conferência Nacional de Saúde que orientará nossas ações nos próximos quatro anos reconhecendo a legitimidade daqueles que compõe os conselhos de saúde, fortalecendo o caráter deliberativo dos conselhos já conquistado em lei e que precisa ser assumido com precisão e compromisso na prática em todas as esferas de governo, pelos gestores e prestadores, pelos trabalhadores e pelos usuários.

Somos cidadãs e cidadãos que não deixam para o dia seguinte o que é necessário fazer no dia de hoje. Somos fortes, somos SUS.

PLENARIA FINAL DA 14ª CNS

Brasília, DF, 04/12/11

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

REDE MULHERES DE TERREIROS RECEBE TROFÉU NA TERÇA NEGRA

12:17 Segunda-feira, 21 de Novembro de 2011

A Rede Mulheres de Terreiro de Pernambuco será agraciada com o Troféu Terça Negra, na noite desta terça-feira (22), às 20h, no Pátio de São Pedro. A honraria será entregue à instituição pelos promotores do evento em reconhecimento ao trabalho de luta e reafirmação das suas integrantes na preservação das religiões de matrizes africanas e a ética nos terreiros.
O troféu foi instituído há sete anos para contemplar pessoas e instituições sempre em novembro, por ser o Mês da Consciência Negra. A penúltima edição deste mês será marcada pela participação de vários grupos de cultura afro. O show será aberto pelo Maracatu Nação Axé da Lua, de Peixinhos. Em seguida se apresentam o Afoxé Ogbá Oban (Água Fria), a banda Afrosmangues (Alto Santa Terezinha), e por último o coco de roda Tronco da Jurema, do Bongi.
A Terça Negra é realizada desde o ano de 2001 pelo Núcleo Afro da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Recife e o Movimento Negro Unificado (MNU). Os shows são abertos ao público.
Serviço:
Terça Negra – apresentações musicais de grupos afros
Terça-feira, às 20h, no Pátio de São Pedro
Aberto ao público

Vera Baroni

16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres começa na próxima segunda-feira

 

A amostra “ Nem Tão Doce Lar”, no Centro Administrativo Fernando Ferrari abre a campanha mundial 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres no RS, na próxima segunda-feira (21/11), a partir das 16h. A abertura da campanha contará com a presença do governador Tarso Genro e da secretária Estadual de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana. A programação completa pode ser acessada clicando aqui

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sábado, 19 de novembro de 2011

Mãe Carmen na Roda de Conversa

 

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Na  noite do dia 27 de outubro, Mãe Carmen de Oxalá foi recepcionada  pelo Coordenador do curso de história, Prof. Roberto Santos, para uma Roda de Conversa com os graduandos do curso de história da Universidade Luterana do Brasil- Ulbra – Canoas.

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Com uma atuação religiosa, social e intelectual destacada no Brasil, Mãe Carmen de Oxalá, vem sendo solicitada  em diversos espaços para trabalhar a formação no que se refere  questões relacionadas a religião de Matriz Africana.100_1411

“ Não me atenho no que se refere a posição das mulheres em África,mas, no Brasil e Rio grande do Sul a religião de matriz africana , foi fundada por mulheres negras, e eu aqui nesse espaço represento esse fio de resistência do feminino negro dentro do axé”.  Essas foram as palavras iniciais de Mãe Carmen de Oxalá, ao iniciar a aula com os graduandos do curso de história na noite do dia (27) quinta – feira, onde teve como desafio de não mascarar a realidade das Comunidades Tradicionais de Terreiros do “ Batuque do Sul ”, manifestou a sua posição frente os fatos, 100_1410

Um dos pontos sensiveis da Roda de Conversa foi sobre a herança religiosa que se herda,não se escolhe, a  qual, houveram muitos questionamentos.100_1413

No final da Roda de Conversa Mãe Carmen de Oxalá,  estendeu um  convite, para os alunos irem  a cidade de Guaíba, salientou, que eles, lá,  iram encontrar na prática muitos dos conceitos que são estudados  em sala de aula. Exemplificando, conceitos como Patrimônio Cultural, Patrimônio Imaterial, Terriório negro, Memória, Sitio Hiistórico etc…. Da mesma forma que os convidou para conhecerem a Casa Tradicional Assobecaty- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá,  legado  que recebeu de sua Mãe Quina de Yemanjá. O Ilê,  que  esta sob seu comando há 11 anos.

 

domingo, 13 de novembro de 2011

CELEBRE VISITA NO ILE DE MAE CARMEN DE OXALA

CÉLEBRE VISITA NA ASSOBECATY

Hoje dia 09 de novembro, a ASSOBECATY recebeu a visita  de Camilo de Lelis.O renomado teatrólogo é referência na produção do teatro de rua em Porto Alegre.

Todos os anos a capital gaúcha é agraciada com a Arte Cênica ao ar livre.Camilo de Lelis dirige atores e centenas  de coadjuvantes na já conhecida Procissão do  Morro da Cruz,evento que marca  as comemorações da Semana Santa no cristianismo.

Com intenso amor pela arte, Camilo  e sua equipe transformam o percurso e o local onde é   encenada a  crucificação de Jesus Cristo num cenário emocionante  e encantador .O evento é considerado  tradição na capital,arrasta mais de 30 mil pessoas.

100_1508Conhecedor  da cultura afro-brasileira e de alguns feitos culturais  de Mãe Carmen de Oxalá ,não hesitou  viajou até  o município vizinho.

   A bordo do Catamarã  apreciando as belas paisagens  do cenário natural  do lago Guaíba. Camilo desembarcou no porto da  cidade , onde   foi recepcionado por  Mãe Carmen de Oxalá, presidenta da ASSOBECATY,instituição civil conceituada como referência Afro-cultural e social  no município,no Estado e no Brasil.O motivo do encontro desses dois cidadãos ilustres, é  a  organização da procissão da Mãe Oxum.  Este evento  que foi reativado há  4 anos por uma comissão de  religiosos e estudiosos da cultura afro-brasileira.  O evento  acontece anualmente na cidade  de Guaíba, arrasta centenas de féis e admiradores  da religião afro-brasileira.

O objetivo do encontro  é transformar  a procissão da Mãe Oxum em um mega evento, com cenário e apresentação teatral ,visando respeitar , valorizar  e  disseminar   a temática religiosa e cultural  .

Camilo foi acompanhado por Mãe Carmen de Oxalá  até  a Praia da Alegria, cujo  cenário,é  exuberante. Lá  será realizada a procissão de OXUM   e também abriga   a pedra de XANGÔ,  patrimônio natural  presenteado pela mãe natureza. 

100_1514100_1512 100_1512Mãe Carmen de Oxalá e demais estudiosos estão lutando para que  na Pedra de Xangô seja o mais novo  patrimônio

imaterial da cidade. Luta reconhecida pelos órgãos culturais  do município , que deram uma atenção especial,isolaram   a pedra  para ficar livre de qualquer descuido da população.

Após  o deslumbre e encantamento pelas belezas naturais,Camilo foi conduzido por Mãe Carmen de Oxalá  até  o Museu Carlos Nobre ,espaço cultural  onde abriga  a história de Guaíba  e dos  célebres cidadãos guaibences,  que  contribuíram com  a cultura local.

Lá  receberam  a atenção da Secretaria Municipal da Cultura departamento responsável pelas realizações dos  eventos culturais   do    município.

Ficou tudo acertado,agora é preciso trabalhar muito ,  para a realização do mega  evento  que  será no dia 3 dezembro.Com certeza será uma façanha  cultural.  O nome da cidade conhecida  como berço da Revolução Farroupilha será, citada  nos meios  de comunicações .

A ASSOBECATY se sente contemplada em receber  a célebre visita.

  100_1539Camilo conheceu  todos os recintos da instituição,ficou embriagado pela originalidade e beleza da Mãe Oxum . Pediu para ser fotografado ao lado da imagem,a qual considerou uma obra de arte que também foi avaliada, por uma equipe de intelectuais da academia( História ,sociologia e outras ), como patrimônio imaterial do município  de Guaíba.

Profª Zélia de Araujo Lima (Formação Língua Portuguesa e Literatura)

Atenciosamente

Zélia de Araújo Lima( Profª)

sábado, 12 de novembro de 2011

Conseguências Positivas do Encontro de Yás : Pedra de Xangô é interditada

Após a realização da 1ª Conferência de Mulheres Yás na Pedra de Xangô, que ocorreu no mês de setembro, o poder público municipal, tomou uma feliz decisão, que termina com o jogo de braço da prefeitura, com as Comunidades tradicionais de terreiros do municipio, o impasse acontece desde o ano 2007.  Para que possa entender o caso, a Pedra de Xango esta localizada na Praia da Alegria, num espaço público que tem um bar e um estacionamento, portanto encontra –se fora dos padrões legais. Assobecaty vem  capitaniando, ações maciças de protesto para que se resolva essa situação  para ser feito a Praça da Pedra de Xangô . A qual contém uma reserva de  ervas  sagradas, sendo uma reinvendicação da carta de intensão do 1º Seminário Religião de Matriz Africana e Meio Ambiente. O envolvimento do Ministério Público, no ano passado  realizou no local uma audiência pública na ocasião determinou o fechamento da Praça, na tentativa de impedir o estacionamento clandestino.Após a Conferência de Yás a prefeitura interditou o local, colocou uma placa avisando que serão multados carros estacionados, para isso colocou a Pedra na rota dos “azuizinhos”.
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As Yalorixás Mãe Geni de Yemanjá e  Mãe Carmen de Oxalá ao tomarem conhecimento da interdição,  foram até o local para ver as conseguências positivas do evento das Yás de casa tradicionais de terreiros.

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Salve o  AXÉ do Orixá  Xangô.