sexta-feira, 7 de maio de 2010

MARIA OSCARLINA

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Maria Oscarlina,
Negra, mulher militante orgânica do movimento social negro e de mulheres negras, defensora das questões da criança e juventude negra, presença definida nos bandeiras de luta contra as intolerâncias e discriminações desta sociedade, em busca de uma igualdade, que como outras não conseguiram vivenciar. Porém  nos deixa a tarefa de  continuar no caminho que trilhaste e avançar por tantos quantos forem necessários, dias, meses ou anos para a realização deste novo mundo. Passastes auros anos da tua vida semeando esta semente, por vários lugares deste Brasil.  Iniciada na Matriz Africana com um perfil  de resistência, preservação e tradição como identidade. Foste idealista pela liberdade de expressão no respeito aos Orixás, no cultivo das ervas sagradas e , em todos os exemplos que deixastes, pregastes a sabedoria natural, com tua maneira de ser e teu modo de vida.
Hoje não te faz mais presente aos nossos olhos, porém permaneceras viva na memória de todos que contigo conviveram. Em cada canto desta cidade onde nascentes e te criastes, uma lembrança...!  O que te fará presente apesar do estado imaterial que agora és.Teu terreiro te amou, e sentirá muita saudade, mas entendeu que Oxalá assim demarcou, que voltarias a massa origem neste dia 7 de maio de 2010, 55 anos foi o tempo de deixares a marca de tua passagem nesse plano, irmãos, filhos, netos, amigos, ações, dedicação e conhecimento.
Nós do Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto,tua mãe e irmãos te reconhecemos e fomos felizes por te-la conosco nos últimos 16 anos de tua vida, e prestamos esta simples e sincera homenagem em tua viagem para outro plano, onde renasceras com certeza com todo o brilho que sempre tivestes.
                                                  
                                                 
                                                     Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto
                                                                      Yá Vera Soares e Filhos de Axé

sábado, 13 de março de 2010

MATRILINEARIDADE onde as crianças são identificadas em função de suas mães em vez de seus pais,

O primeiro terreiro no Brasil, fundado na Bahia, nasceu a partir da união dos escravos para comprar a liberdade da mãe de santo. Libertaram a mulher, negra e religiosa para modificar a realidade do seu povo; portanto a mulher negra brasileira é política. É importante que parta dela, a mãe de santo, a iniciativa de buscar melhorias para o seu povo, sua comunidade. Assim como a primeira casa de religião foi fundada por mulheres, a Assobecaty (Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá) é dirigida, com muito orgulho, há 68 anos por mulheres negras, um trabalho que iniciou em Pelotas pela Mãe Quina de Yemanjá. 
Tendo como objetivo maior preservar o nome da religião de matriz africana, a entidade vem buscando o respeito por todos os segmentos da sociedade. Administrando o terreiro com respeitabilidade, respeitando a diversidade e coletividade. As intenções da Assobecaty é honrar os compromissos assumidos com a comunidade e fazer diferente dentro da religião de matriz africana no país.  
As casas de religião são espaços importantes dentro das comunidades, a mãe de santo é responsável pelas pessoas que agrega dentro de um terreiro: responsável pela vida espiritual, material, social e crescimento como individuo. É dentro do ylê como na Assobecaty que as pessoas se identificam seja, pela religião, etnia, classe social, ou pelas diferenças.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Mãe Carmen de Oxalá se pronuncia ao Senhor Ministro Edson Santos

fotos 10 080Em primeiro lugar reverencio os Orixás, ” KI ALAAFIAA ORISANLÁ NI LAI LAI LAARIM WA” Que a paz de oxalá esteja sempre entre nós.

Vou furar o protocolo , vou pedir ago a todos os religiosos aqui presentes , agora sim, Saudo a Mesa

1-Ministro Edson Santos

2- Professora Vera Triunfo

3- Yalorixá Vera Soares

4- Baba Dyba

Essa cerimônia acontece com o caráter de demonstrar ao Excelentíssimo Ministro Edson Santos, o esforço da comunidade de terreiro para desenvolvermos um modelo de “União da Religiosidade do Estado do Rio grande do Sul “.

“ OBA NI XÉ KÁWÓÓ KABIYÉSI”, O Rei Chegou , Salve o Rei assim Xangô foi saldado quando os orixá masculinos se reuniram secretamente para discutir o nível de organização dos orixás femininos falar das organizações, trago esse trecho de uma Lenda por dois motivos:

Primeiro Xangô é o orixá Regente do ano, embora de uma forma muito conturbada , presenteou a Comunidade Negra com Ministério de Promoção de Igualdade Racial, embora tenho o entendimento que o Ministério atende as comunidades Judeus, Palestinos, Ciganos , indígena e a Comunidade Negra, essa ninguém pode negar, que foi a que através de muita luta conseguiram avançar nas políticas publica da criação da Seppir e com isso beneficiando não só a ela , mas sim as demais etnias.

Em segundo gostaria de chamar a atenção de todos os presentes , para que observassem a composição da mesa, e dizer ao Senhor Ministro as Mulheres Gaúchas, está num continuo desenvolvimento em todos os aspectos da Sociedade a mulher esta despontando. No que se refere as Mulheres Negra surgem algumas com o compromisso de celebrar o fortalecimento do Tradição Afro- Gaúcha cada uma delas esta em seu tempo e espaço, demarcando o significado histórico de luta pela religiosidade no sentido de sua participação na sociedade oficial brasileira em especial a liderança de Mãe Vera de Oiá , que nos representa na Sepir como conselheira desse Órgão e Eu como cidadã brasileira, Yalorixá herdeira do Axé da Casa que era dirigida por minha Mãe Quina de Yemanjá, Coordenadora da Comissão de Religiosidade do CODENE- Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul, e ainda contrariando todas as estáticas realizadas no País, que dizem que as mulheres negras estão sim, na vulnerabilidade social, com baixa escolaridade, contradizendo a isso O Pai Oxalá ordenou que no ano de Xangô Cao Cabiesile, Xangô ajudasse com seu axé a me forma em Psicologia.

Com essas poucas palavras evoco a todos os orixás dos babalorixás e ialorixás presentes nesse espaço para que distribuam muito Axé para que juntos cada vez mais, possamos construir um mundo Africano Religioso Gaúcho, com respeito mutuo e fraterno afinal somos todos Omo- Orisá.

Trago Um Trecho do Intelectual Francês Vicente Mulago ( 1972, P.151) que diz que:

“ A religião impregna toda a vida do africano sua vida individual, familiar, sócio- política. Ela tem uma função psicológica e social de integração e de equilíbrio; ela permite compreender, valorizar, integrar, suportar sua condição existencial, submeter sua angústia. È graças à religião que se opera abolição de dualidade entre o mundo visível e invisível para tender a unificação”.

Espero que o senhor Ministro possa fazer uma leitura, positiva da religiosidade Afro-Gaúcha ao ponto de continuarmos tendo a Seppir uma aliada diante das necessidades da comunidade Tradicional de Axé. Agradeço a atenção de todos, “Adúpe, Adupe, Adupe” obrigado, obrigado obrigado a todos os orixás , Obrigado a todos os presentes..