Maria Oscarlina,
Negra, mulher militante orgânica do movimento social negro e de mulheres negras, defensora das questões da criança e juventude negra, presença definida nos bandeiras de luta contra as intolerâncias e discriminações desta sociedade, em busca de uma igualdade, que como outras não conseguiram vivenciar. Porém nos deixa a tarefa de continuar no caminho que trilhaste e avançar por tantos quantos forem necessários, dias, meses ou anos para a realização deste novo mundo. Passastes auros anos da tua vida semeando esta semente, por vários lugares deste Brasil. Iniciada na Matriz Africana com um perfil de resistência, preservação e tradição como identidade. Foste idealista pela liberdade de expressão no respeito aos Orixás, no cultivo das ervas sagradas e , em todos os exemplos que deixastes, pregastes a sabedoria natural, com tua maneira de ser e teu modo de vida.
Hoje não te faz mais presente aos nossos olhos, porém permaneceras viva na memória de todos que contigo conviveram. Em cada canto desta cidade onde nascentes e te criastes, uma lembrança...! O que te fará presente apesar do estado imaterial que agora és.Teu terreiro te amou, e sentirá muita saudade, mas entendeu que Oxalá assim demarcou, que voltarias a massa origem neste dia 7 de maio de 2010, 55 anos foi o tempo de deixares a marca de tua passagem nesse plano, irmãos, filhos, netos, amigos, ações, dedicação e conhecimento.
Nós do Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto,tua mãe e irmãos te reconhecemos e fomos felizes por te-la conosco nos últimos 16 anos de tua vida, e prestamos esta simples e sincera homenagem em tua viagem para outro plano, onde renasceras com certeza com todo o brilho que sempre tivestes.
Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto
Yá Vera Soares e Filhos de Axé
Assim como a primeira casa de religião no Brasil foi fundada por mulheres, a Assobecaty (Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá) é dirigida, com muito orgulho, há 68 anos por mulheres negras, um trabalho que iniciou em Pelotas pela Mãe Quina de Yemanjá. Tendo como objetivo maior preservar o nome da religião de matriz africana, a entidade vem buscando o respeito por todos os segmentos da sociedade.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
MARIA OSCARLINA
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