terça-feira, 31 de maio de 2011

7º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=56891

As inscrições para a 7º edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero terão início nesta quarta-feira (1), e se encerrarão no dia 16 de setembro deste ano. O Prêmio faz parte do Programa Mulher e Ciência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), que estimula a produção científica e a reflexão acerca das relações de gênero, mulheres e feminismos no País e promove a participação das mulheres no campo das ciências e carreiras acadêmicas.

O concurso premia redações e artigos científicos dos estudantes de ensino médio; estudantes de graduação; graduados, especialistas, estudantes de Mestrado; Mestres e estudantes de Doutorado.

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Overall rating

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nota do CFP sobre a suspensão do ki...

[http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_110527_001.html]

O Conselho Federal de Psicologia vem externar sua preocupação com a suspensão do kit anti-homofobia, uma vez que esse material constitui-se um dispositivo importante e qualificado, técnica e politicamente, para a discussão do preconceito contra homossexuais na perspectiva dos processos educativos. A formação de jovens e adolescentes pressupõe necessariamente a valorização da cidadania plena, do respeito às diferenças e da promoção dos direitos humanos.

Nesse sentido, elaboramos um parecer favorável acerca da utilização deste material educativo compreendendo o papel da escola na formação de sujeitos livres, autônomos e protagonistas dos seus próprios destinos.

Esperamos que a ampliação do debate público proposto pela presidenta não culmine com a prevalência das posições conservadoras, preconceituosas e homofóbicas, firmando uma posição neste país que a verdadeira democracia com conquistas sociais não pode ser aviltada.

Esse parecer do Conselho Federal de Psicologia foi encaminhado ao Ministério da Educação e outros órgãos diretamente envolvidos com a questão dos direitos humanos, constituindo-se um posicionamento oficial da autarquia.

Conselho Federal de Psicologia

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Noite de Autógrafos na Casa de Cultura Mário Quintana

 

LANÇAMENTO DO LIVRO 'COISAS DO POVO SANTO'

A Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá (Assobecaty) promove no dia 4 de junho (sábado), às 20h, na Sala de Convenções A2B2 da Casa de Cultura Mario Quintana, o lançamento do livro “Coisas do Povo Santo”, da SRS Editora. A autoria é do Doutor em Lingüística da USP, Sidnei Barreto Nogueira, com uma pequena participação de Carmen Lucia Silva de Oliveira, diretora espiritual da entidade, com sede em Guaíba (rua Venceslau Fontoura, 226, Jardim Santa Rita), cuja relação com o autor se dá em função de seu conhecimento na língua yorubá. Ela assinou a orelha da obra literária, que abre a série “Pensando a África no Brasil”.
Em alusão aos 77 anos de resistência e 23 anos de conotação jurídica, a Assobecaty aderiu à campanha do ano afrodescente declarado pela ONU, realizando atividades mensais desde fevereiro, como a festa de aniversário da entidade, que reuniu gestores municipais, estaduais e federais. Em março lançou a Revista Online Conexão Afro e participou da comitiva da titular da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Barros e em abril realizou uma reunião em Esteio, reunindo representantes da Região Metroplitana. No último dia 13 esteve presente na Assembléia Legislativa, na roda de conversa de mulheres negras, que se propõe a ouvir mulheres negras de outros lugares para escutar suas idéias e anseios. O movimento surgiu a partir da constatação de que no movimento negro não há muito espaço para as mulheres se expressarem e os próximos encontros estão previstos em Canoas, Alvorada, dia 15 de junho e Porto Alegre, em 25 de julho.
SERVIÇO:
Dia: 4 de junho de 2011 (sábado).
Horário: 20h.
Local: Sala A2B2 – 2º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736).
ENTRADA FRANCA

Agenda Cultural África no Rio Grande do Sul

Coisas do Povo do Santo, primeiro livro da série Pensando a África no Brasil, do Professor Sidnei Barreto Nogueira, será lançado na Feira do Livro em Guaíba no dia 2 de junho, às 18 hs. A sessão de autógrafos acompanhará a formação para os professores do municipio, compondo uma das ações previstas em cumprimento à lei 10.639, que torna parte do currículo escolar o estudo da história da África e dos africanos. O palestante é Mestre e Doutor em Semiótica e Linguística atuando como coordenador de curso e professor de Metodologia Científica e Língua Portuguesa em diferentes universidades em São Paulo.

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

A oportunidade que a comunidade guaibense recebe é parte das comemorações pelo 77º aniversário do Terreiro.

    Acompanhe a Agenda:

2/06

Manhã e Tarde

Formação para professores municipais Lei  10.639  Guaiba

18 hs - Coquetel de Lançamento do 1º livro da Série Pensando a Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: 22ª Feria do Livro -  Praça da Bandeira  , Centro de Guaiba  RS

3/06

9 horas - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

12 horas e 15 min - Programa Estação Cultura TVE - Porto Alegre

à tarde - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

19h - Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: Casa de Cultura Lufredina Gaya, Rua Padre Felipe nº 900, Esteio - RS.

4/06

   9 horas - Oficina da Língua Yorubá

12 horas - Entrevista em Rádios

à tarde - Oficina da Língua Yorubá

Local: Casa de Comunidade Tradicional de Terreiro ASSOBECATY-

Rua Wenceslau Fontoura nº 226- Jardim Santa Rita- Guaíba- RS

20 horas Casa de Cultura Mario Quintana  ( Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo).

Local: Casa de Cultura Mário Quintana, sala A2B2 - 2º andar, Ala Oeste. Porto Alegre- RS

Brasileiro é condenado à prisão perpétua na Suíça por estuprar menina de 4 anos

uma menina de quatro anos na cidade suíça de Lucerna, foi condenado à prisão perpétua após o Tribunal Federal suíço rejeitar nesta quinta-feira (26/05) um último recurso. No dia do crime, o homem, que na ocasião tinha 21 anos, iria se encontrar com um traficante de cocaína, mas errou de apartamento. Na outra casa estavam uma mulher de 77 anos e sua neta, de quatro. Após bater na avó até deixá-la inconsciente, ele estuprou a menina.
O agressor foi detido e identificado por meio de um teste de DNA. Em um primeiro momento, ele foi condenado à prisão perpétua, mas após a apresentação de um primeiro recurso ao Tribunal Federal, esta sentença foi cancelada e o tribunal cantonal de Lucerna o condenou a sete anos de prisão por estupro, relações sexuais com crianças e lesões corporais graves.
Ele também foi obrigado a passar um tratamento psicoterapêutico em uma clínica. Nesta quinta-feira, no entanto, o Tribunal Federal confirmou a condenação à prisão perpétua depois que uma investigação realizada em 2010 mostrou, de acordo com os analistas, que o homem era "incurável" e que o tratamento não podia ter êxito.

Leia mais:
A pena de morte é efetiva?
ONU denuncia pelo menos 303 estupros no Congo ex-Zaire
Garoto de 13 anos pode ser condenado à prisão perpétua nos EUA
ONU reconhece que pode ter falhado na proteção de mulheres e crianças no Congo
Fonte: Universidade Livre Feminista

Agenda Cultural África no Rio Grande do Sul

Coisas do Povo do Santo, primeiro livro da série Pensando a África no Brasil, do Professor Sidnei Barreto Nogueira, será lançado na Feira do Livro em Guaíba no dia 2 de junho, às 18 hs. A sessão de autógrafos acompanhará a formação para os professores do municipio, compondo uma das ações previstas em cumprimento à lei 10.639, que torna parte do currículo escolar o estudo da história da África e dos africanos. O palestante é Mestre e Doutor em Semiótica e Linguística atuando como coordenador de curso e professor de Metodologia Científica e Língua Portuguesa em diferentes universidades em São Paulo.

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

A oportunidade que a comunidade guaibense recebe é parte das comemorações pelo 77º aniversário do Terreiro.

    Acompanhe a Agenda:

2/06

Manhã e Tarde

Formação para professores municipais Lei  10.639  Guaiba

18 hs - Coquetel de Lançamento do 1º livro da Série Pensando a Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: 22ª Feria do Livro -  Praça da Bandeira  , Centro de Guaiba  RS

3/06

9 horas - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

12 horas e 15 min - Programa Estação Cultura TVE - Porto Alegre

à tarde - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

19h - Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: Casa de Cultura Lufredina Gaya, Rua Padre Felipe nº 900, Esteio - RS.

4/06

   9 horas - Oficina da Língua Yorubá

12 horas - Entrevista em Rádios

à tarde - Oficina da Língua Yorubá

Local: Casa de Comunidade Tradicional de Terreiro ASSOBECATY-

Rua Wenceslau Fontoura nº 226- Jardim Santa Rita- Guaíba- RS

20 horas Casa de Cultura Mario Quintana  ( Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo).

Local: Casa de Cultura Mário Quintana, sala A2B2 - 2º andar, Ala Oeste. Porto Alegre- RS

UBUNTU

 

UBUNTU

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!

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O destino decide quem entra em nossas vidas,

as atitudes definem quem permanece!


http://casadeculturafazendaroseira.blogspot.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

O aborto através de uma abordagem sociológica

[http://www.ipas.org.br/arquivos/AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf]
Simone Mendes Carvalho
Graciele Oroski Paes
Joséte Luzia Leite
RESUMO

Esse estudo teve como principal objetivo analisar a experiência de mulheres jovens que recorreram ao aborto clandestino, visando contribuir para a melhoria dos serviços saúde reprodutiva na atenção primária à saúde, na perspectiva da integralidade e da promoção da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se fundamenta nas especificidades inerentes à pesquisa social, compatível com o tratamento do tema do abortamento clandestino em jovens como fenômeno social complexo. O aumento da fecundidade entre jovens e adolescentes e as práticas de abortamento inseguro, são fatores preocupantes na saúde reprodutiva desse grupo, principalmente quando ocorrem em situações sociais caracterizadas pelo desemprego, a baixa escolaridade e a pobreza, os quais geram situações de extrema vulnerabilidade. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com 16 mulheres jovens de 18 a 29 anos que tinham recorrido ao aborto clandestino em algum momento de suas vidas, sendo referidas das unidades atendidas pelo Programa Saúde da Família do município de Cabo Frio – RJ. Os resultados dessa pesquisa mostraram uma rede vulnerável, entrelaçada por várias situações, dentre elas: a dificuldade financeira, a gravidez precoce, a instabilidade na relação com o parceiro bem como a dificuldade na tomada das decisões reprodutivas. A ocorrência dos casos de aborto foi maior em gravidezes resultantes de relações instáveis e com parceiros diferentes, num contexto de dificuldades financeiras, podendo este ser considerado como o fim da linha do processo da desfiliação, em contextos onde o desemprego e a pobreza fragilizam as relações familiares, e essas não conseguem ter sustentabilidade.
Clique aqui AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf (objeto application/pdf)

Sessão Festiva Pretos Velhos–Ano 2011

Antônio foi o primeiro preto- velho a se manifestar na religião de umbanda em seu médio Zélio Fernandes de Morais ,onde se estabeleceu a tenda, nossa senhora da piedade. Aqui na Assobecaty, nesta casa os pretos velhos que sempre trabalharm para dar conforto aos necessitado que batem na porta:  Essas foram as palavras de Mãe Carmen de Oxalá no dia da Sessão Festiva para os Pretos Velhos Faço uma menção muito especial aos pretos e Pretas que por longos anos chefiaram esta casa na linha de pretos que são:

Salve Maria de Angola enviada de Oxum , Salve Bahiana feiticeira

Salve Preto velho Soluço

Salve Maria Redonda

Salve Pai Euzébio

Salve Maria Conga

Salve Pai José

Salve Pai Joaquim de Angola

Salve Pai João de Angola

Salve Vovó Rita

Salve

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TJ adia análise de lei que proíbe DIU e pílula do dia seguinte no interior de SP — Rede Brasil Atual


São Paulo – Dois pedidos de vista de desembargadores adiaram a análise da validade de uma lei de Pirassununga, no interior paulista, que proíbe a distribuição de Dispositivo Intrauterino (DIU) e de pílula do dia seguinte na rede pública local.
O Tribunal de Justiça de São Paulo reuniu-se na tarde desta quarta-feira (9) em sessão plenária para avaliar o mérito da ação direta de inconstitucionalidade apresentada pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado. O entendimento é de que municípios não podem dispor sobre assunto que é de competência federal. A Lei Municipal 3.723, de 2008, está suspensa em sua aplicação por uma liminar concedida naquele mesmo ano.
Com os pedidos de vista dos desembargadores Renato Nalini e Barreto Fonseca, não há data definida para que o TJ volte a analisar o caso. A perspectiva de entidades de direitos humanos que acompanham o tema continua positiva. Em 2009, o tribunal julgou inconstitucional uma lei da cidade de Jundiaí que tratava do mesmo assunto.
A ideia da Conectas e da Comissão de Cidadania e Reprodução, inscritas na condição de amici curiae, espécies de consultoras sobre o tema, é mostrar não apenas a incompetência do município de legislar sobre o tema, mas que está equivocada a argumentação do autor do projeto, o ex-vereador José Arantes da Silva. Médico, que considera que o DIU e a pílula do dia seguinte são métodos abortivos incentivados pelos Estados Unidos, temerosos de que o crescimento da população brasileira possa afetar a administração de suas riquezas em solo sul-americano.
As duas organizações baseiam-se em estudos do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina para afirmar que se trata de instrumentos contraceptivos, que em nada servem para alterar uma eventual gravidez.

LANÇAMENTO ESTADUAL DA MARCHA

Lançamento Oficial no RS da Marcha das Margaridas, dia 26 de maio, no auditório da CUT a partir das 9horas às 13h.

Devem estar presentes a companheira Rosane Silva, Secretária de Nacional da Mulher Trabalhadora e a companheira Carmem Foro da Executiva nacional,Secretária do Meio Ambiente também da coordenação da marcha.

Veja a chamada geral da Marcha das Margaridas:
http://www.youtube.com/watch?v=OBlHJ-uRKAQ

Quem foi Margarida Alves?
A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de MARCHA DAS MARGARIDAS em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba.
Margarida Maria Alves era Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Ela obteve grande destaque na região por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos protegidos pela legislação trabalhista. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias.

Exemplo de luta e coragem
À época do assassinato de Margarida Alves, foram movidas 73 reclamações trabalhistas contra engenhos e a Usina Tanques. Um fato inusitado, em função da então incipiente democracia brasileira, e que gerou grande repercussão. Em conseqüência disso, Margarida Alves passou a receber diversas ameaças. Eram “recomendações” para que ela parasse de criar “caso” e deixasse de atuar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A despeito disso, Margarida Alves não escondia que recebia outras ameaças. Pelo contrário, tornava-as públicas, fazendo questão de respondê-las. Um dia antes de morrer, Margarida Alves participou de um evento público, no qual falou dos recados que vinha recebendo. Em seu último discurso, registrado em fita cassete, Margarida denunciou as ameaças que vinha sofrendo e disse que preferiria morrer lutando a morrer de fome.
Margarida se tornou um símbolo de força, de garra, de coragem, de resistência e luta. Um exemplo e um estímulo com grande força mobilizadora. Cada mulher trabalhadora rural se inspira em Margarida Alves para resistir, lutar contra as formas de discriminação e violência no campo, qualificar, mobilizar e participar das lutas por igualdade de gênero, por justiça e paz no campo.
O espírito de luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais encontrado em Margarida foi o principal motivo de seu assassinato. Margarida não morreu, suas pétalas se espalharam e florescem a cada dia, se multiplicando num imenso jardim.

FONTE: Mulheres em  movimento mudam o mundo

petição contra o Estatuto do Nascituro

Fonte: http://www.abong.org.br/informes.php?id=3733&it=3736
Veja a Nota da ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) abaixo:
As Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro, coalizão de movimentos, organizações e ativistas que trabalham pelos direitos humanos das mulheres, está organizando uma
petição contra o Estatuto do Nascituro, já assinada pela ABONG. A iniciativa conta com quase duas mil assinaturas e tem como foco os parlamentares da Comissão de Finanças e Tributação, próxima instância a se posicionar sobre o tema.
Há quase um ano, no dia 19 de maio de 2010, o projeto de lei 478/2007 foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. O projeto, conhecido como “Estatuto do Nascituro”, define o embrião como ser humano concebido, mas ainda não nascido, através de uma visão religiosa, colocando o aborto completamente na ilegalidade.
A petição organizada pelas Jornadas fornece razões contra o projeto, pautadas, principalmente, nas críticas à criminalização do aborto. Um dos principais pontos se concentra no acesso das mulheres ao aborto legal, que deve ser mais dificultado se o projeto for aprovado. O Código Penal brasileiro admite a prática em apenas dois casos: estupro e risco de morte da mãe. “Até as mulheres que têm o direito ao acesso ao aborto previsto em lei seriam criminalizadas, como nos casos de risco de vida e nos casos de estupro”, lê-se nas justificativas da petição. Além disso, o documento atenta para o fato de não haver consenso científico quanto ao início da vida.
O alerta para o aumento das taxas de abortos inseguros insere-se no quadro de saúde pública do Brasil e de direitos humanos das mulheres. Quase duzentas mulheres morrem a cada ano devido à clandestinidade do aborto. A sua proibição não vai diminuir a prática, contribuindo apenas para a realização em condições ainda mais precárias.
Segundo Kauara Rodrigues, assessora técnica do Centro de Estudos Feministas e Assessoria (Cfemea), organização que participa das Jornadas, um dos pontos mais críticos do estatuto é a chamada “bolsa-estupro”, que prevê o pagamento de uma pensão alimentícia por parte do estuprador, se localizado, ou pelo Estado. Os movimentos que lutam pela descriminalização do aborto acreditam que isso torna o Estado cúmplice do crime hediondo de estupro.
Ela ainda comenta que o setor conservador está fazendo uma pressão fortíssima pela aprovação. “Eles elegeram esse projeto como prioridade”, diz. Por isso, Kauara acredita que a articulação contra o estatuto é necessária para evitar o retrocesso nos direitos das mulheres.
O projeto também viola os tratados internacionais de direitos humanos em que o Brasil é signatário. Nas razões da petição, encontra-se que “o projeto de lei confere proteção ao direito à vida do embrião em detrimento às realidades concretas e materiais vividas e enfrentadas por mulheres que possuem autonomia e são titulares de direitos constitucionais à saúde, à liberdade, à igualdade e à não discriminação.”
Dados
Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), divulgada em maio de 2010 e conduzida por pesquisadores da Universidade de Brasília e pelo instituto de pesquisas Anis, uma em cada sete brasileiras entre 18 e 39 anos já realizou pelo menos um aborto na vida.
O estudo também concluiu que abortos feitos de forma clandestina estão entre as principais causas de mortalidade materna no país e que 50% das mulheres que abortaram procuram atendimento médico público em decorrência de complicações de saúde. “É possível que essas mulheres estejam abortando sob condições de saúde precárias, uma vez que grande parte delas tem um baixo nível educacional”, conclui a PNA.
A pesquisa é considerada um grande estudo sobre o aborto no Brasil e foi articulada de modo rigorosamente científico, combinando duas técnicas de sondagem (técnica de urna e questionários preenchidos por entrevistadoras). A amostra foi de 2.002 mulheres alfabetizadas com idades entre 18 e 39 anos em 2010.
Confira também o
vídeo informativo produzido pelo Cfemea sobre o aborto.
Fonte: Aborto em Debate ,
Se de que?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

"...Liberdade, essa palavra

que o sonho humano alimenta

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda..."

                                                                                                                                                   Cecília Meireles

É  notório a  importância vital do trabalho das mulheres . Aliás, podemos mesmo dizer que sem a sua força produtiva, o nosso país não seria o que é. A iniciativa da casa que herdei de minha mãe  Assobecaty - Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanj[a ,  foi onde desenvolvi toda a minha base ideológica, acrescido quando obtive  inspiração  nos  estudos dos artigos dos  movimentos femininos do princípio do século XX.

O nosso desejo de realizarmos uma Roda de Conversa ganha força, quando ocorrem adesão das organizações que apoiaram este evento como Grupo de Trabalho Angola Janga, Projeto Mocambo, CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Associação Cultural Sawabona Shikoba, Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra .

É curioso notar que apesar dos escassos estudos sobre movimentos de mulheres negras, empoderamento, participação política, podemos concluir que existem  muito poucas  organizações femininas gauchas que trabalham com a temática, da mesma forma que temos o entendimento .que existem muitas mulheres que não aderiram essas propostas, o movimento surge para  ocupar este vácuo.

O movimento  surge fundamentalmente no contexto da luta contra as distorções bem contraditórias, por exemplo as mulheres começaram a tomar consciência cívica do seu papel produtivo na sociedade, a ver que têm poder e força , a proposta  é mostrar a importância de se manterem unidas.
A situação da mulher negra não vai ser alterada, se não tivermos um engajamento muito grande e só, engajamento não vai resolver, o que precisamos é criar consciências e isto demanda muito  esforço.

No evento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, reuniu na  sexta-feira 13 na Assembléia Legislativa, se reuniram  mulheres negras com histórico de lutas em inúmeros segmentos diferentes da sociedade brasileira, tinhamos ativistas da habitação, do lar, metalurgica, educadora , segurança alimentar, segurança privada, agentes politicos, gestoras, comunicadoras  populares, militante do movimento negro, griõs , religiosa de matriz africana, capoeirista  e por fim ,o momento sensível ocorreu quando uma das participantes que se  apresentou como escrava do lar,  que tenta e  não consegui se libertar, muito menos consegui lutar para deixar de ser.
Como consequência, nasce  um novo movimento ideológico de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, um grupo que entra em ação na  luta contra as contradições existentes, pela falta de espaço político, estímulo, empoderamento, existe uma falta do feminino negro nos espaços de poder.. Em nenhum momento tivemos a pretensão de realizar um seminário, queríamos conversar com as mulheres negras, ouví-las receber seus sentimentos , durante a roda  vieram a tona sentimentos diversos. A prosa foi tão boa, que optamos em não finalizá-la estaremos dando continuidade nas seguintes datas no dia 8 de junho estaremos em Canoas, 15 do mesmo mês é a vez da Alvorada, em 25 de julho Dia da Mulher Afro-Latino -Americana e Caribenha, onde estaremos  realizando o I º Seminário 13 de Maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras.

Axé

Mãe Carmen de Oxalá

Assobecaty firma Parceria com a Escola Estadual Aglae Kehl

 

ATIVIDADES DE PARCERIA DA PSICOLOGIA ASSOBECATY COM A ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL UM OLHAR PARA O CUIDADO COM TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

Com o objetivo de firmarmos uma parceria entre o Departamento de Psicologia da  ASSOBECATY com a ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL, situada no Bairro COHAB em Guaíba/RS, realizou  uma atividade no dia 20.05.2011, onde buscou-se primeiramente conhecer o quadro de professores da escola, trabalhadores em educação, que também estão na condição de cuidadores ao desempenharem suas atividades funcionais em colégios e tendo em vista que a base de seu trabalho é focada nos alunos (pessoas que necessitam de cuidados).Imagem0150
Esta atividade inaugural visou sensibilizar os professores, através de uma pequena reflexão para a questão do cuidado, uma vez que o ambiente escolar é muitas vezes a extensão dos lares do seu corpo discente, os alunos, sendo também o palco de repetição de muitos conflitos ocorridos no seio familiar, onde a escola por vezes é o refúgio para a fuga de um cenário repleto de violência, negligência e tantas outras violações de direitos humanos.
Procuramos abordar também o tema trabalho, por estarmos no mês de maio, que compreende duas datas alusivas ao tema trabalho correspondendo aos dias 1º e 13 de maio, datas que deveriam servir à reflexão, assim apontadas por alguns professores durante a realização da atividade, sendo a primeira um marco ao Dia do Trabalhador e a segunda respectivamente por fazer alusão ao trabalho escravo, à libertação, conceito e ação discutível até nossos dias atuais.
Desse modo, procurando pensar a questão do trabalho e o cuidado, encontramos na literatura de saúde a expressão “cuidado” para referir-se às relações centrais dos projetos no modo de ser dos humanos, com os modos de compreender a si e ao seu mundo e com seus modos de agir e interagir. Assim, entendemos que o trabalho é um dos diferentes modos de subjetivação do ser humano, envolve seu projeto de vida, muitas vezes o projeto de felicidade, por dar sentido a sua existência como ser social, dando um sentido além de um caráter simplista de utilitarismo ou ser produtivo a serviço apenas da produção de um capital material, sem o provimento de um sentido para este trabalho.
Imagem0153Finalmente, de tudo que discorremos teoricamente, pudemos constatar na prática vivencial desta atividade proposta que para o grupo, a equipe de professores desta instituição de ensino, o trabalho e o cuidado com o ser humano envolve diferentes significados e sentimentos. Essa proposta de trabalho é uma construção conjunta entre profissionais educadores e profissionais de saúde e áreas afins da ASSOBECATY, que teve início nesta data (20.05.2011), mas não tem data prevista para seu término, visto que é um processo construtivo, onde as demandas grupais de cada encontro delinearam o foco de nosso trabalho.
Débora Lúcia de Souza e Silva
Psicóloga - CRP/RS 07/15877
ASSOBECATY-Guaíba/RS

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ASSOBECATY 

http://pontodeescutaassobecaty.blogspot.com

quinta-feira, 19 de maio de 2011

André contribui no debate do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

Na reunião chamada pela Assobecaty entidade situada nos município de Guaíba,  que também tem um enfoque de trabalho com Mulheres, possuídora de um histórico de lutar por  direitos no campo sociais. Com atuação no conselho municipal da Mulher as lutas religiosas e nas áreas da cultura, saúde, religião e comunicação comunitária.

Com apoio das organizações CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Projeto Mocambo, Grupo de Trabalho Angola Janga, Associação Cultural Sawabona Shikoba,Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra a atividade  culminou em um momento impar com a presença de mulheres e homens de cidades como Canoas, Alvorada, Guaíba e Porto Alegre, com falas que acrescentaram muito na atual reflexão do papel da Mulher, situação cotidiana e real vontade de mudanças que vão e está ocorrendo na mentalidade e na consciência de cada uma ali colocada na roda de conversa inicial na qual rolou histórias maravilhosa de vida, emoções e identificação com as igualdades de Vida.

A reflexão depois e durante atividade foi a criação do Movimento de mulheres Negras que na sua maioria estavam compondo o evento, mas sempre aberto a colaboração e trocar de experiências para a continuidade das lutas que vão vir, (A TVE transmitiu na quarta feira dia 14 de maio no programa Cidadania em entrevistou a secretaria da Mulher do estado e coordenadora da Themis). A entrevista veio ao encontro de varias falas, reflexão que o encontro possibilitou nas falas de todas as mulheres que realizaram uma reflexão no dia 13 de maio a situação que a Mulher Negras , na economia que temos que olhar nesse prisma.

Foi abordada no encontro a importância de se efetivar e construir um movimento de Mulheres Negras preocupados em promover estes encontros e possibilitar a informação e a formação de outros paradigmas olhando para esta data no qual foi feita atividade.

Assim,  se afetivou a criação do movimento 13 de maio Abolição não inclusa - Movimento de Mulheres Negras. Que já tem uma agenda marcada para o dia 08 de Junho em Canoas no dia 15 em Alvorada e culminando com um debate, mas amplo no Assembléia Legislativa no dia 25 de Julho.

André de Jesus

terça-feira, 17 de maio de 2011

Editorial


Editorial

No mês de maio sempre lembramos dos dias: 18 - DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES e 28 - DIA INTERNACIONAL DE AÇÃO PELA SAÚDE DA MULHER. A seleção de textos, links e eventos recomendados dessa edição são referentes aos temas relacionados a essas datas.

Em conformidade com as atividades relacionadas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Ipas Brasil esta incorporando novos conteúdos na matriz do Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil no Território Brasileiro (PAIR). O Projeto levanta todas as problemáticas que norteiam um certo "atraso cultural", já que trata da violência sexual, do aborto, do tema adolescente, que se tornam desafios para os profissionais da educação e da saúde. A partir da parceria com o Instituto Aliança com Ipas, o programa (PAIR) deverá ser disseminado. Fortaleza, Foz do Iguaçu, Campo Grande, Belém são as cidades selecionadas para implantação do Projeto.[1]

No ínico desse mês tivemos um importante avanço junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem por unanimidade a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132; reconhecendo, assim, a união estável para casais do mesmo sexo.

Destacamos, também, a iniciativa da ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) contra o Projeto de Lei denominado Estatuto do Nascituro.

Já no mês anterior, nos dias 18 e 19 de abril o Ministério da Saúde lançou em seminário internacional, o programa nacional da Rede Cegonha que propõe a redução da mortalidade materna através de ações relacionadas ao período gravídico-puerperal. Ainda não claramente definida como Plano Nacional ou estratégia considerou ser importante tal iniciativa na medida em que tem como alvo “qualificar a atenção a saúde materno-infantil, uma estratégia de mudança de paradigma as atenção obstétrica e infantil por meio de implementação de uma rede de cuidados que assegure às mulheres o direito à gravidez, parto e puerperio seguros e humanizados, o direito ao planejamento reprodutivo e, às crianças, o direito ao nascimento seguro e humanizado, crescimento e desenvolvimento saudáveis”. Lamentamos, no entanto, que este planejamento tenha, até então, ignorado uma de suas maiores causas da morbimortalidade materna: o aborto inseguro, reconhecido como grave problema de saúde pública. E no Brasil, estimado para um total de um milhão de abortos anuais, com 230 mil internações no SUS para tratamento de suas complicações. As leis restritivas em relação ao aborto agravam a situação, e setores conservadores com fortes ligações religiosas, criam cada vez mais, barreiras para o acesso a saúde e aos direitos dessas mulheres.

Muito obrigada
Leila Adesse
IPAS BRASIL

[1] retirado da nota da PAIR de 27/04/2011

Edição completa – Maio 2011 - http://www.ipas.org.br/revista/maio11.html

Index:
IPAS GLOBAL
"Five portraits: How safe abortion saves women's lives"
Ipas 2011

BRASIL EM FOCO
"Mulheres jovens e o processo do aborto clandestino: Uma abordagem sociológica"

Simone Mendes Carvalho, Graciele Oroski Paes e Joséte Luzia Leite.

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
"A construção histórica dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher"
Mayara Alice Souza Pegorer - artigo elaborado com base no trabalho de conclusão de curso a apresentado no ano de 2010 à Universidade Estadual do Norte do Paraná pela autora.

SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
"Mecanismo de ação da anticoncepção de emergência"
Jefferson Drezett - Publicado no Boletim da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Ano 9, n° 1, março de 2011. Página 13

REFLEXÕES
"Abortamento, um tema de dor"
Dora Martins - Integrante da Associação Juízes para a Democracia. Artigo originalmente publicado na Radioagência NP (Fonte Brasil de Fato, abril 2011)

COMENTÁRIO
Sobre o texto "Abortamento, um tema de dor"
Alberto Alonso Muñoz - Integrante da Associação Juízes para a Democracia.

Informações e Eventos

Ipas Notícias e clippings
» Rede Cegonha e morte materna
» Aprovação de união estável garante direitos a gays e lésbicas
» IA e IPAS firmam parceria para disseminação do PAIR
» ABONG assina Petição contra o Estatuto do Nascituro

Livros, Links e Vídeos Recomendados

Ciência e Pesquisa
"Jovens, vulnerabilidade e camisinha"
Camila Macedo Guastaferro (coordenadora do projeto Vale Sonhar no Catavento Cultural, psicóloga e educadora sexual), Juliana Cambauva (psicóloga e educadora sexual), Tamara Petric (psicóloga e educadora sexual), Regiane Araújo (monitora-estagiária), Marília Jucá (monitora-estagiária), Maiara Soares (monitora-estagiária) e Eliane Oliveira (monitora-estagiária).

Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva IPAS BRASIL
Coordenação Editorial - Leila Adesse
Editora - Beatriz Galli
Editoração - Alessandra Foelkel
Colaboração Jornalística: Evanize Sydow

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Anna Rosas
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

Opinião : atividade do 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras

                                                                                                                                                                ...Liberdade, essa palavra

que o sonho humano alimenta

que não há ninguém que explique

e ninguém que não entenda..."

                                                                                                                                                   Cecília Meireles

É  notório a  importância vital do trabalho das mulheres . Aliás, podemos mesmo dizer que sem a sua força produtiva, o nosso país não seria o que é. A iniciativa da casa que herdei de minha mãe  Assobecaty - Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanj[a ,  foi onde desenvolvi toda a minha base ideológica, acrescido quando obtive  inspiração  nos  estudos dos artigos dos  movimentos femininos do princípio do século XX.

O nosso desejo de realizarmos uma Roda de Conversa ganha força, quando ocorrem adesão das organizações que apoiaram este evento como Grupo de Trabalho Angola Janga, Projeto Mocambo, CMP (Central dos Movimentos Populares), Associação Conexão Comunitária, Associação Cultural Sawabona Shikoba, Bibilhoteca Comunitária João Cândido, Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas, Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel, Grupo de Capoeira Guarda Negra .

É curioso notar que apesar dos escassos estudos sobre movimentos de mulheres negras, empoderamento, participação política, podemos concluir que existem  muito poucas  organizações femininas gauchas que trabalham com a temática, da mesma forma que temos o entendimento .que existem muitas mulheres que não aderiram essas propostas, o movimento surge para  ocupar este vácuo.

O movimento  surge fundamentalmente no contexto da luta contra as distorções bem contraditórias, por exemplo as mulheres começaram a tomar consciência cívica do seu papel produtivo na sociedade, a ver que têm poder e força , a proposta  é mostrar a importância de se manterem unidas.
A situação da mulher negra não vai ser alterada, se não tivermos um engajamento muito grande e só, engajamento não vai resolver, o que precisamos é criar consciências e isto demanda muito  esforço.

No evento 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras, reuniu na  sexta-feira 13 na Assembléia Legislativa, se reuniram  mulheres negras com histórico de lutas em inúmeros segmentos diferentes da sociedade brasileira, tinhamos ativistas da habitação, do lar, metalurgica, educadora , segurança alimentar, segurança privada, agentes politicos, gestoras, comunicadoras  populares, militante do movimento negro, griõs , religiosa de matriz africana, capoeirista  e por fim ,o momento sensível ocorreu quando uma das participantes que se  apresentou como escrava do lar,  que tenta e  não consegui se libertar, muito menos consegui lutar para deixar de ser.
Como consequência, nasce  um novo movimento ideológico de mulheres no estado do Rio Grande do Sul, um grupo que entra em ação na  luta contra as contradições existentes, pela falta de espaço político, estímulo, empoderamento, existe uma falta do feminino negro nos espaços de poder.. Em nenhum momento tivemos a pretensão de realizar um seminário, queríamos conversar com as mulheres negras, ouví-las receber seus sentimentos , durante a roda  vieram a tona sentimentos diversos. A prosa foi tão boa, que optamos em não finalizá-la estaremos dando continuidade nas seguintes datas no dia 8 de junho estaremos em Canoas, 15 do mesmo mês é a vez da Alvorada, em 25 de julho Dia da Mulher Afro-Latino -Americana e Caribenha, onde estaremos  realizando o I º Seminário 13 de Maio Abolição Não Conclusa para as Mulheres Negras.

Axé

Mãe Carmen de Oxalá

Movimentos Sociais e Saúde Hoje: Novos tempos, novas Necessidades , novas estratégias


[http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=12242&tipo=B]

Movimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias - Mª Inês S. Bravo
Palestra proferida por Maria Inês Souza Bravo, professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, durante o Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família, realizada no Auditório Térreo da ENSP no dia 9 de maio de 2011. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga Moreira, como debatedor da palestra e teve a coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.
A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia por ser determinada por um conjunto de direitos como também por ter potencial revolucionário e de consenso.
Arquivo disponível para leitura, audição e/ou download aqui
Dando início às atividades da sétima edição do Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família - nessa segunda (9/5), no auditório térreo da ENSP, a professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, Maria Inês Souza Bravo, abordou o temaMovimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias. A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia, uma vez que é determinada por um conjunto de direitos, como também pelo potencial revolucionário e de consenso. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga, como debatedor da palestra, e coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.
Maria Inês iniciou o debate abordando dois pontos fundamentais: o potencial revolucionário e o consenso. O primeiro é destacado pelo fato da saúde se constituir em um campo privilegiado da luta de classe em que se chocam as concepções de vida das diferentes classes sociais. Já o consenso pode unir um conjunto de forças para empreender lutas para a sua conquista. Para Inês, a distribuição desse direito é motivo de dissenso. "Com base nesta concepção, destaca-se a importância das lutas dos movimentos sociais", citou a professora.
Em seguida, Inês contextualizou a luta pela saúde na abertura política. Segundo ela, partir da década de 90, consolida-se uma direção política das classes dominantes no processo de enfrentamento da crise brasileira, tendo como estratégias do grande capital a acirrada crítica às conquistas sociais da Constituição de 1988 e a construção de uma cultura persuasiva para difundir e tornar universal sua visão do mundo. A professora destacou também a participação dos movimentos sociais e a saúde a partir da década de 90. "Houve uma fragilização das lutas sociais como uma atitude defensiva dos movimentos sociais, tornando assim um campo propício para as tendências neocorporativas e individualistas", afirmou.
A professora ressaltou ainda as condições históricas que demarcam o debate atual dos Conselhos, que, segundo ela, "são mecanismos de democratização do poder na perspectiva de estabelecer novas bases de relação Estado-Sociedade, e a introdução de novos sujeitos políticos, além de inovar na Gestão das Políticas Sociais, tem a finalidade de estabelecer parâmetros de interesse público para o governo (os conselhos não governam), exigindo a democratização das informações e transparência no processo governamental". Inês citou algumas proposições para o fortalecimento dos conselhos, como a articulação entre os diferentes sujeitos que atuam neles, por meio da criação de Fóruns de Políticas Sociais nos estados e municípios, e a articulação entre os diversos conselhos de política e de direitos na elaboração das propostas, a fim de evitar a fragmentação e segmentação das políticas públicas.
Por fim, Inês apontou que "na atual conjuntura, é fundamental a articulação nacional através da Frente entre os diversos Fóruns de Saúde, com vistas à construção de um espaço que fomente a resistência às medidas regressivas e aos direitos sociais, e contribua para a construção de uma mobilização em torno da viabilização do Projeto de Reforma Sanitária, construído nos anos 80 no Brasil, tendo como horizonte a emancipação humana", concluiu.

Desafios atuais dos movimentos sindicais
Dando continuidade ao tema proposto para o debate, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Marcelo Rasga, pontuou desafios para os movimentos sociais na atualidade. Segundo ele, "para chegar ao socialismo, é necessária a radicalização da democracia, pois só assim teremos uma sociedade mais justa". Dentre os desafios apontados pelo vice-diretor para a radicalização da democracia, é fundamental aumentar a participação da sociedade na formulação das políticas públicas.
De acordo com o professor, os conselhos de saúde têm extrema importância, pois atuam no campo da formulação das políticas públicas. Porém a questão de terem participação não resolve todos os problemas, pois é fundamental a integração de várias ações. "Hoje podemos com força de lei entrar e participar; podemos radicalizar a democracia se investirmos em nossa participação por meio dos conselhos de saúde. Os movimentos sindicais têm que exigir a melhora do Sistema Único de Saúde", enfatizou o vice-diretor.
Em seguida, Marcelo apontou que é fundamental saber o que são os movimentos sociais claramente na atualidade. "Nos dias de hoje, os movimentos sociais não são mais o que eram há 20 anos, hoje eles são múltiplos, diversos e têm atuação para dividir os espaços dos Conselhos de Saúde com a sociedade", afirmou. O vice-diretor destacou também que é importante saber, nos dias de hoje, quem é a favor da saúde como direito do cidadão. Segundo ele, precisamos ter claro quem são os movimentos que veem o SUS como direito universal, pois assim o movimento sanitário pode se aproximar e se articular. Por fim, o professor destacou que "os movimentos sociais devem discutir, fazer e formular políticas públicas, pois apenas assim conseguiremos radicalizar a democracia e chegar ao socialismo, oferecendo uma sociedade mais justa e digna para todos".
Fontes: Informativo ENSP  e  ENPS - Biblioteca Multimídia - Temas

Curas que Matam


CAMPANHA “CURAS QUE MATAM”
Uma vida sem discriminação é um direito

Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”. Por isso, todos os anos celebra-se nesta data o Dia Internacional contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. Apesar da transexualidade ainda figurar neste manual como uma disforia de gênero, em muitos países o consenso médico afirma que às pessoas trans deve-se assegurar o tratamento para que o corpo se adeque à sua percepção de gênero. A OMS e o sistema internacional de direitos humanos também desautorizam qualquer tipo de tratamento que proponha a cura da homossexualidade.

Apesar disso, no mundo inteiro e em distintos contextos sociais e culturais da América Latina e do Caribe, a cada ano se multiplicam os casos de pessoas internadas em instituições chamadas de “clínicas psiquiátricas” endossadas e/ou mantidas por certas instituições religiosas e até públicas. O desejo sexual por outras pessoas do mesmo sexo ou sua percepção de gênero diversa são considerados por estas instituições e quem as mantém como um “desvio de personalidade” que pode ser “corrigido” através do perdão e de crenças religiosas, o que se alcança por meio do castigo, tortura física e psicológica.

Não conseguindo “curar” seu desejo, os sentimentos de culpa e baixa auto-estima em muitos casos desencadeiam comportamentos autodestrutivos, podendo chegar inclusive ao suicídio. Jovens e adolescentes são as pessoas mais vulneráveis a isso. Este tipo de iniciativas, baseadas geralmente em premissas religiosas, incentivam e propiciam agressões verbais, físicas e até o homicídio de pessoas por causa de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. Todas estas são mortes evitáveis a que os Estados devem dedicar atenção e tomar medidas de prevenção.

A homossexualidade, a lesbianidade e a transexualidade são expressões da diversidade humana e estão protegidas pelos princípios de liberdade, igualdade e dignidade humana reconhecidos na Declaração Universal de Direitos Humanos e outros instrumentos internacionais. No entanto, o discurso intolerante do fundamentalismo e do integrismo vem ocupando cada vez mais espaço onde se deveria atuar com base no princípio da laicidade, ou seja, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Desta maneira, influenciam decisões que deveriam atender a princípios do Direito e normas estabelecidas nos níveis internacional, nacional e local, e não aos livros sagrados de uma ou outra religião, por mais majoritária que esta seja.

Nós que apoiamos a campanha “CURAS QUE MATAM” nos opomos às “terapias de cura” da homossexualidade, lesbianidade e transexualidade em toda América Ltina e Caribe. Reconhecemos positivamente a existência de vozes religiosas em favor da aceitação e do respeito a todas as formas de viver e nos unimos em um chamado a líderes religiosos para que sejam coerentes com os princípios e direitos de respeito à vida, à igualdade, à dignidade e à diversidade, e que se abstenham de promover a lesbofobia, homofobia e transfobia em nome de suas crenças pessoais.

DEMANDAMOS que os governos observem o princípio de laicidade dos Estados latinoamericanos e caribenhos e tomem medidas concretas para combater as práticas “reparadoras” da homossexualidade e transexualidade, incluindo-se a interrupção de qualquer financiamento público a instituições ou indivíduos que não estejam claramente distanciados dessas práticas.

DEMANDAMOS que as instituições nacionais ou locais de saúde pública estabeleçam ou fortaleçam regulamentações que retirem dos sistemas de saúde público ou privado as pessoas que pratiquem ou promovam práticas “reparativas”.

INSTAMOS que doadores privados e financeiras incluam como critério para aprovação de solicitações de apoio a rejeição ao discurso de terapias “reparativas” que atentam contra os direitos humanos.

SOLICITAMOS que as autoridades religiosas condenem firmemente o uso de discursos que propõem e/ou promovem processos de “reparação”, e que promovam a aceitação da diversidade sexual e de gêneros.
Para mais informações sobre os objetivos da campanha e para assinar o Manifesto Internacional em apoio à campanha, visitewww.dayagainsthomophobia.org

Esta mensagem foi enviada pelo Observatório de Sexualidade e Política (SPW). Se não deseja mais receber nossos informativos, por favor,clique aqui

As Nações Unidas estabeleceram oito objetivos a serem atingidos pelo Brasil

Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil

Brasília – Antes do fim do prazo para o cumprimento dos Objetivos do Milênio, das Nações Unidas, pesquisadores da área de saúde avaliam que o Brasil não deve conseguir reduzir a taxa de mortalidade materna ao patamar assumido com a organização.
Atualmente, o país registra 68 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. A meta das Nações Unidas é cerca de 35 para cada 100 mil até 2015. Assim, a queda precisa ser de aproximadamente 48% em quatro anos. Em 18 anos, de 1990 a 2007, o país registrou uma redução da taxa em 56%, passando de 140 a cada 100 mil crianças nascidas vivas para 75 por 100 mil, conforme dados do governo federal.
Para os especialistas, a diminuição foi significativa, mas ainda é insuficiente para tirar o Brasil do ranking das nações com alto número de mortes durante a gravidez e o parto – que é cinco a dez vezes maior que o dos países ricos.
A especialista em saúde pública da Universidade Federal da Bahia, Estela Aquino, aponta a grande quantidade de cesarianas e a negligência em alguns cuidados durante o pré-natal, como medir a pressão arterial das gestantes, entre os fatores que retardam a queda do indicador.
Apesar de mais de 90% dos partos serem feitos em hospitais, a pesquisadora cita a falta de assistência adequada na hora do parto, obrigando as grávidas a buscar leitos nas maternidades às vésperas do nascimento do filho.
“O fenômeno da peregrinação das mulheres no momento de ter um bebê é grande. Temos uma excessiva medicalização (abuso das cesarianas) e a falta do uso de outras tecnologias, como medir a pressão arterial, uma coisa simples que não tem sido feita e que causa impacto na taxa. A mortalidade materna é uma violação de direitos. São mortes, quase em sua totalidade, evitáveis”, disse Estela
A questão da mortalidade materna é um dos temas da série especial feita pela revista médica inglesa The Lancet sobre a saúde do brasileiro, lançada na última segunda-feira (9). De acordo com o artigo, do qual Estela Aquino integra o grupo de autores, as principais causas de mortes maternas em 2007 foram doenças hipertensivas (23%), septicemia - infecção geral grave do organismo - (10%), hemorragia (8%) e complicações de aborto (8%).
“Não estamos no ritmo necessário. Teríamos de ter um progresso mais rápido”, afirmou o epidemiologista Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (RS), um dos autores do artigo. Para Estela Aquino, essa é uma das Metas do Milênio que dificilmente será alcançada.
Com o lançamento do programa Rede Cegonha, em março deste ano, o governo federal espera diminuir a taxa nos próximos anos. A ideia é adotar medidas para mudar o modelo de atenção às mães, como a concessão de vale-transporte ou vale-táxi para garantir o deslocamento das grávidas às unidades de saúde para o pré-natal, na hora do parto e para garantir vagas nas maternidades, além de criar casas para atendimento de gestantes de risco. O foco são as regiões da Amazônia Legal e do Nordeste – que têm maiores índices de mortalidade materna – e as regiões metropolitanas, com maior concentração de gestantes.
“O nosso modelo de atenção ao parto não é um modelo que facilita isso [a redução da taxa de mortalidade materna]. As medidas vão impactar”, disse Esther Vilela, coordenadora de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, acrescentando que o Brasil tem possibilidade de cumprir a meta. Segundo a coordenadora, não foi estabelecido percentual anual de redução da taxa.
As Nações Unidas estabeleceram oito objetivos a serem atingidos pelo Brasil e mais 190 países: diminuir a pobreza extrema e a fome, melhorar o ensino básico, promover a igualdade entre sexos, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater a aids e outras doenças, promover a sustentabilidade ambiental e a parceria mundial para o desenvolvimento.
Edição: Graça Adjuto

Fonte: universidade Livre Feminista

Documentário Saúde Participativa

O documentário Saúde Participativa é parte da pesquisa “Participação, Distribuição e Consumo de Serviços de Saúde no Município de São Paulo” e trata da realidade dos Conselhos Gestores de Saúde no Município de São Paulo. O documentário apresenta um pouco da história, do cotidiano e dos dilemas enfrentados pelos conselhos locais e Municipal de Saúde da cidade de São Paulo.

[http://vimeo.com/17165331]
Saúde Participativa on Vimeo

Fonte : Regina Gomes

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Debate 13 de maio abolição não conclusa para as mulheres negras na TV Assembléia

O Programa Democracia na Tv da  Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul , oportuniza  o debate  sexta – feira ( 6 ) de maio, sobre as mulheres negras , a iniciativa da casa tradicional de religião de Matriz Africana ASSOBECATY,  que aderiu  o  apelo da Organização das Nações Unidas que institui oME-060511-1514-0014 ano de 2011,  Ano Internacional dos Afro descendentes. Vem contribuíndo com o debate, chamando a atenção da sociedade civil, órgãos públicos para as especificidades desta população.

Jornalista Batista Filho , Prof. Dra. Lucia Regina Brito Pereira  historiadora e coordenadora técnica da organização de mulheres negras  Maria Mulher, Assessora Politica Comunitária Angelica Mirinhã e Mãe Carmen de Oxalá  da Assobecaty,  as duas últME-060511-1514-0006imas pertencem a área da psicologia. A discriminação da mulher negra, a falta desta mulher em espaços de decisão, a carência de estímulo para o empoderamento, e a  questão politica, mas que estão intimamente vinculado à  questão racial aliado a desigualdade de gênero , esses aspectos que  deram o tom do debate, durante 60 min.

O programa é uma chamada para a atividade que irá ocorrer no dia 13 de maio:

DATA: 13 /05/2011, 6ª feira

HORÁRIO : 13:30 Horas

LOCAL: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, Sala Mauricio Cardoso 4º andar

domingo, 8 de maio de 2011

13 de Maio: Abolição não conclusa para as mulheres Negras do RS, abre debate uma semana antes

ademocraciaO programa Democracia da TV Assembléia, que foi  ao ar nesta sexta -feira, 6 de maio , às 23 horas, com o tema  polêmico  13 de maio para as mulheres negras abolição não conclusa, proposta da ASSOBECATY- Associação Beneficente  Cultural Africana Templo de Yemanjá.  Reuniu a  yalorixá  Carmen de Oxalá que possui trabalho de  pesquisa acadêmica em psicologia  sobre Mulheres Afro- Brasileiras , juntamente com a  assessora e lider de políticas  comunitárias, que  também pertence a área da psicologia Angélica Mirinhã e a relevância da coordenadora técnica da organização de mulheres negras  Maria Mulher,  Prof. Dra. Lucia Regina  Brito Pereira que ocuparam o espaço do Programa Democracia  para debater  a questão da abolição as mulheres negras, pauta  que entrou com força total no estado  do Sul, com uma semana de antecedência. O evento está marcado para o dia 13 de maio, na sala Mauricio Cardoso, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. ás  13:30 horas. O programa tem a Apresentação: Batista Filho Produção: Michele Dariva, Pietra Luah Reis e Simone Magalhães

Quem quiser conferir, durante a semana acontecerão reprises em horários alternativos http://www.al.rs.gov.br/tvassembleia

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O campo da sexologia no Brasil

Brasil

O campo da sexologia no Brasil

O documento “Sexualidade, Ciência e Profissão no Brasil”, que será lançado pelo CLAM no dia 13 maio, já se encontra disponível para download. A publicação oferece um quadro amplo acerca do surgimento e da consolidação da sexologia brasileira em suas diversas vertentes, e fornece subsídios para uma discussão crítica dos dilemas que cercam a sexualidade contemporânea. Ao mesmo tempo em que aparece sob a forma de doença, disfunção ou fator de risco que justifica intervenções médicas e psicológicas, a sexualidade é também tida como o elemento que funda a cidadania sexual e a própria concepção de direitos sexuais como parte dos direitos humanos.

O documento é produto da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão na América Latina”, parceria do CLAM e o Inserm (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale – França), tendo como coordenadores gerais os pesquisadores Alain Giami e Jane Russo. O objetivo foi mapear o campo profissional da sexologia em seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. O volume disponível apresenta o trabalho realizado pela equipe brasileira.

A pesquisa busca delinear a especificidade das formas contemporâneas da medicalização da sexualidade tal como ocorrem na região latino-americana, levando em conta que tal processo envolve, ao mesmo tempo, tanto o controle social quanto a produção de identidades e de novas formas de subjetividade, alem de estar inserido em um processo mais amplo de modernização e globalização.

No dia 13 de maio, o documento será lançado durante uma mesa de debates que reunirá os antropólogos Sérgio Carrara (CLAM/IMS/UERJ), Fabiola Rohden (UFRGS) e Jane Russo (CLAM/IMS/UERJ), às 10h, no Auditório do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ – bloco E – 7º andar).
Clique aqui para baixar o documento

Publicada em: 20/04/2011 às 11:50 notícias CLAM

ASSOBECATY LANÇA A CAMPANHA – 13 de Maio Abolição não Conclusa Para as Mulheres Negras

13 de Maio: Abolição não conclusa para as mulheres Negras.

ASSOBECATY- Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá, casa mulheres negras (3)tradicional e entidade da Sociedade Civil, utilizando-se de ferramenta comunitária “RODA DE CONVERSA,” convida a tod@s e todos, para fazermos um exercício de pertença sobre nosso aprendizado social.
Com este método de participação coletiva desenvolveremos várias temáticas durante o ano de 2011.
No diálogo do mês de MAIO, vamos nos expressar escutar mulheres posicionadas na  política do RS.
Aproveitando esta metodologia, bastante utilizada nos processos de intervenção comunitária.
Propiciando um método de participação e intervenção coletiva, acerca de uma temática, através de espaços de dialogo grupal.
Teremos como objetivo central, autonomia e empoderamento das mulheres negras, socializando nossos saberes avançando para uma reflexão voltada para ação.
Este envolvimento terá como pergunta estratégica para instigar nosso imaginário:

Qual sua sugestão para concluírmos  a abolição para as mulheres negras gaúchas ?
Qual é o lugar que ocupam as mulheres negras no espaço político do RS?
Por meio da problematização da socialização de saberes vamos realizar troca de experiências nas conversas, e discussões que surgirão.
Nossa disposição está concentrada na busca e socialização do conhecimento de todas as envolvidas.
Que poderá estar circulando nesta roda de reflexão voltada para ação que só acontecerá, com seu comparecimento.

APOIO:

Conexão Afro

Central de Movimentos Populares

Associação Conexão Comunitária

Projeto Mocambo

Grupo de Trabalho Angola Janga

Associação Cultural Sawabona Shikoba

Bibilhoteca Comunitária João Cândido

Coordenadoria de Igualdade Racial de Canoas

Associação Socioeducativa Ambiental – ONG Uriel


Secretaria de Políticas para as Mulheres

 

 

Data: 05/05/2011

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) lança, na próxima semana, dois Editais para seleção de projetos. Um é sobre o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O outro, envolve duas linhas de financiamento: apoio a Organismos de Promoção de Direitos e de Políticas para as Mulheres e incentivo à Autonomia Econômica e Social. Assim que forem publicados, as informações estarão disponíveis no site da SPM: www.sepm.gov.br.

domingo, 1 de maio de 2011

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

URGENTE!!! QUANDO O MACHISMO E RACISMO SE ENCONTRAM NA UNIJORGE!!!!REPÚDIO Á ESTA AÇÃO MINHA GENTE. VAMOS ESPALHAR ESTA PATIFARIA!!!!!

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado-  fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.

Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.

Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.

Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)

Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar alista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.

Ao dizer “você ta tirando muita onda”  e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta  revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente reservou para os branc@s

Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.

Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)

Concentração: 18h, praça de alimentação.

Nairobi Aguiar 

71 81256549

Atenciosamente

Giseane Marques Lins

Administradora