quinta-feira, 31 de março de 2011

Mãe Stella de Oxóssi agora é colunista de jornal

Foto: PSB.blogspot

quinta-feira, 31 / março / 2011 by Fernanda Lopes

Foto: PSB.blogspot

Mãe Stella de Oxóssi: cultura negra ganha voz direta nos meios de comunicação

Por Fernanda Lopes

No Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, o jornal A Tarde (Bahia) dá oportunidade à comunidade negra, em especial ao povo de Santo, de transmitir sua mensagem para todo o País. A cada 15 dias, a editoria de Opinião terá uma de suas colunas assinada pela ialorixá baiana Mãe Stella de Oxóssi. O presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, aplaudiu a iniciativa.

Mãe Stella é uma das mais destacadas guardiãs da cultura negra. E certamente irá transmitir ensinamento que reafirmarão a identidade da população negra brasileira, resume Eloi Ferreira.

Essa não é a primeira ação do jornal para a valorização da cultura negra. Anualmente, é publicado, no dia 20 de novembro, o Caderno da Consciência Negra, além das coberturas diárias dos temas raciais. “É a primeira vez, desde a fundação de A TARDE, em 1912, que uma ocupante do mais alto posto da hierarquia do candomblé se torna articulista de forma regular no periódico”, ressaltou jornalista Clediana Ramos no blog Mundo Afro.

PERFIL – Mãe Stella de Oxóssi é sacerdotisa do famoso terreiro Ilê Axé OpÔ Afonjá desde 1976, enfermeira, funcionária pública estadual e escritora; em 1980, fundou o Museu Ohun Lailai – o primeiro de um terreiro de candomblé; em 2001, ganhou o Prêmio Estadão, na condição de fomentadora de cultura; em 2005, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (UNEB). É detentora das comendas Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), da Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e do Ministério da Cultura.

Prêmio Políticas Públicas e Equidade lança sua 3ª edição

ENSP, publicada em 30/03/2011

O Centro de Pesquisa em Administração Pública e Governo (CEAPG), da Fundação Getúlio Vargas, está promovendo a terceira edição do prêmio Políticas Públicas e Equidade: avanços práticos, um concurso de monografias para mestrandos e doutorandos ou recém-mestres e doutores, que tem por objetivo premiar ensaios que identifiquem, avaliem e discutam experiências de ação pública que contribuam efetivamente para a redução das desigualdades econômicas, sociais, políticas, de gênero e de raça/etnia.
Poderão concorrer ao prêmio brasileiros ou estrangeiros que tenham residência permanente no Brasil, que sejam estudantes de Mestrado e Doutorado e recém-mestres e doutores dos cursos de Administração, Antropologia, Ciência Política, Direito, Psicologia, Saúde, Arquitetura, Urbanismo, Serviço Social, Educação, Sociologia ou áreas afins.
Para se inscrever, o candidato deverá preencher a Ficha de Inscrição e encaminhá-la, junto com seis vias impressas, uma versão digital do trabalho e uma carta de autorização para publicação, à Coordenação do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo, pessoalmente ou pelo correio, com data de postagem até 2 de maio de 2011.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

terça-feira, 29 de março de 2011

Mulher Negra cantora Preta Gil reage ao Racismo explícito


A cantora Preta Gil reage: " Sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês".

 

Salvador - Revolta e indignação. Essas são as palavras que resumem a reação de entidade negras às declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), no programa CQC, da TV Bandeirantes, em resposta a uma pergunta da cantora Preta Gil, ofensivas a toda a população negra brasileira. Leia mais na Revista Conexão Afro

segunda-feira, 28 de março de 2011

QUEM É A NOSSA MINISTRA LUIZA BAIRROS

Nº 01- 28 de março ano  2011 -Guaíba- RS -Brasil

 
Luiza Helena de Bairros nasceu a 27 de março de 1953 em Porto Alegre (RS). Filha do militar Carlos Silveira de Bairros e da dona de casa Celina Maria de Bairros. Sempre foi estimulada pelos pais quanto a sua formação. Não causou estranheza a seus familiares quando começou a envolver-se com as questões raciais, pois no período de colégio sempre fazia parte de grêmios e na universidade pertencia a diretórios acadêmicos, demonstrando um forte interesse pela militância estudantil. E foi na universidade, a partir de um amigo participante do diretório acadêmico, que teve seu primeiro contato com informações sobre os movimentos sociais americanos e ao conhecer o material dos Panteras Negras, ficou ainda mais entusiasmada com o caminho que estava traçando para sua luta política.

No início de 1979, participa da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida em Fortaleza. Foi impactada pela presença de inúmeros integrantes do Movimento Negro de várias regiões brasileiras, quando trava um contato mais próximo com o pessoal do Movimento Negro Unificado da Bahia e resolve muda-se para Salvador, no mês de agosto do mesmo ano.

Bacharel em Administração Pública e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com conclusão em 1975; Especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará concluindo em 1979; Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Michigan State University no ano de 1997.

Com toda esta qualificação trabalhou entre 2001 a 2003 no programa das nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD na coordenação de ações interagenciais e de projetos no processo de preparação e acompanhamento da III Conferência Mundial Contra o Racismo – relação Agências Internacionais/Governo/Sociedade Civil. Entre 2003 a 2005 trabalhou no Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID, na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e Bahia. Entre 2005 a 2007 foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, para questões de gênero e raça como coordenadora do programa de combate ao Racismo Institucional – PCRI na Prefeitura da Cidade do Recife, Prefeitura Municipal de Salvador e Ministério Público de Pernambuco.

Entre 1976 e início da década de 1990 esteve envolvida em pesquisas relevantes para o conhecimento e combate do racismo no Brasil e nas Américas, como por exemplo sua participação na coordenação da pesquisa do Projeto Raça e Democracia nas Américas: Brasil e Estados Unidos. Uma cooperação entre CRH e a National Conference of Black Political Scientists/NCOBPS.

Enquanto docente trabalhou na Universidade Católica de Salvador, Universidade Federal da Bahia/UFBA, dentre outras. Foi organizadora de alguns livros memoráveis e autora de vários artigos e dossiês. Coordenou diversos eventos na área do combate a discriminação racial.Dona de uma trajetória respeitável, Luiza é reconhecida como uma das principais lideranças do movimento negro no País. Faz parte dos grupos de estudiosas/os e ativistas que contribuem e lutam para a superação do racismo e sexismo e esteve nas últimas décadas à frente de inúmeras iniciativas de afirmação da identidade negra na sociedade brasileira.

Pesquisadora na área de políticas públicas para população afro descendente, sempre trabalhou em prol da redefinição de novos caminhos para as mulheres negras, apresentando e sugerindo propostas em políticas voltadas para a igualdade racial e de gênero. Coroando esta trajetória no dia 8 de agosto de 2008 tomou posse como titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia – Sepromi.

Fonte: Site Mulher 500 anos/ Blog de Bernardes Comunicação

Foto: Agecom/Gov. da Bahia


 

O Segundo Sexo

Texto 1

As mulheres de hoje estão destronando o mito da feminilidade; começam a afirmar concretamente sua independência; mas não é sem dificuldade que conseguem viver integralmente sua condição de ser humano. Educadas por mulheres, no seio de um mundo feminino, seu destino normal é o casamento que ainda as subordina praticamente ao homem; o prestigio viril está longe de ser apagado: assenta ainda em sólidas bases econômicas e sociais. É pois necessário estudar com cuidado o destino tradicional da mulher. Como a mulher faz o aprendizado de sua condição,  como a sente, em que universo se acha encerrada, que evasões lhe são permitidas, eis o que procurarei descrever. Só então poderemos compreender que problemas se apresentam às mulheres que  herdeiras de um pesado passado, se esforçam por forjar um futuro novo. Quando emprego as palavras "mulher" ou "feminino não me refiro evidentemente a nenhum arquétipo, a nenhum essência imutável; após a maior parte de minhas afirmações cabe subentender: " no estado atual da educação e dos costumes".

Não se trata aqui de enunciar verdades eternas, mas de descrever o fundo comum sobre o qual se desenvoilve toda a existência feminina singular.

Texto retirado da Introdução - Beauvoir S - O Segundo Sexo

enviado por

Thereza Ferraz - Psicóloga

sexta-feira, 25 de março de 2011

AS MULHERES FORAM A MAIORIA NO ANIVERSÁRIO DO SENADOR PAULO PAIM

 

As mulheres dominam e estão sempre em maioria em todos os espaços, essa constatação não foi diferente no aniversário de 61 anos do Senador Paulo Paim, que ocorreu no domingo (20 ), na Casa do Gaúcho.

100_2429 

Elas transformaram o evento de celebração de aniversário em um rico momento de possibilidade de articular.

Sen. Paim Anivers-20 03 11 - Fatima Olv 824

Em destaque  as mulheres negras gaúchas.  A grio Maria  Elaine Soares do Projeto Mocamboe a Coordenadora da Igualdade Racial de Canoas  Maria Aparecida Flores.

Sen. Paim Anivers-20 03 11 - Fatima Olv 826

Além de celebrarmos juntos  os 61 anos do senador Paulo Paim. Reafirmamos que as  pautas sociais que o senador defende no Senado Federal ,  revigora nossas forças , mantém acesa a chama da esperança. Fatores  que implicam em  significados para as nossas vidas.

VEJA MAIS NA REVISTA CONEXÃO AFRO

terça-feira, 22 de março de 2011

Núcleo de Parlamentares Negros DESTAQUE PARA AS MULHERES NEGRAS

Ministra Luiza Bairros – SEPIR

Ministra da Igualdade Racial Luiza Bairros

O Núcleo de Parlamentares Negros promoveu nesta terça-feira o seminário “Os direitos dos Quilombolas no Ordenamento Jurídico Brasileiro e Internacional”. Ao final do evento foi lançada a Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas.

Créditos/ Câmara Hoje
Paula Medeiros - repórter

 
Máe Flavia Pinto - RJ 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nova York - Makota Valdina, líder do Candomblé na Bahia,

Candomblé Resistência

Y.Valentim

Nova York - Makota Valdina, líder do Candomblé na Bahia, foi um dos principais nomes do Simpósio “Thread of African Spirituality In The Americas Candomble – Tradition Of Brazil”. Nosso correspondente, Edson Cadette, estava lá. Leia Mais

No Simpósio, que em tradução livre para o Português quer dizer "A linha da Espiritualidade Africana no Candomblé das Américas – Tradição do Brasil”, realizado na semana passada pelo Centro Cultural Caribenho, no Harlem, a líder religiosa (foto) falou da experiência da religião na Bahia e no Brasil e da perseguição movida por setores evangélicos neopentecostais.

Na entrevista, Makota Valdina (Valdina de Oliveira Pinto) disse que a sociedade brasileira é racista e fez um relato da resistência das religiões de matriz africana à intolerância religiosa. "No dia em que a sociedade brasileira se entender como diversa, como plural, e que, nós negros, somos portadores de um legado deixado pelos seres humanos que foram escravizados, mas que deixaram cultura, deixaram história, eu acho que, aí, também, o Candomblé será respeitado da mesma maneira que as demais religiões", afirmou.

Veja, na íntegra, a entrevista concedida por Makota Valdina ao correspondente de Afropress em Nova York.

Afropress - A senhora poderia dizer aos leitores da Afropress qual é o seu nome e sua procedência no Brasil?

Makota Valdina - Meu nome é Valdina Oliveira Pinto. Entretanto, no Brasil, na Bahia mais especificamente, me conhecem como Makota Valdina. Makota é o titulo religioso que eu tenho porque sou do Candomblé, da Nação Angola, e na comunidade baiana me conhecem mais por este título, por causa de palestras e encontros que faço na Bahia e também no exterior.

Afropress - Há quanto tempo a senhora pratica a religião do Candomblé?

Makota Valdina - Na realidade, o Candomblé faz parte da minha vida desde de criança. Minha mãe era do Candomblé. Entretanto, fui iniciada adulta, a partir de 1975.

Afropress - Existe na Bahia um preconceito contra as religiões de matriz africana?

Makota Valdina - Não somente na Bahia, mas em todo o Brasil. Porque o Brasil é racista. O Brasil tem uma sociedade racista, preconceituosa e que discrimina tudo quanto vem da cultura negra. Atualmente, nós afro descendentes, temos conquistado alguns espaços, não só culturalmente, na nossa história, mas também na nossa forma de espiritualidade trazida com os africanos escravizados.

E hoje em dia, no Brasil, nós temos lutado muito porque a partir da década de 1970 houve essa “invasão” dos protestantes neopentecostais, e temos que lutar contra a intolerância deles. Há um movimento muito grande das comunidades de terreiros das religiões de matriz africana de um modo geral, não somente do Candomblé, mas também da Umbanda, Batuque, Quixamba etc., no sentido de afirmação, lutando contra o racismo e preconceito contra a nossa religiosidade, nossa forma de crença.

Porque o Candomblé, para nós, vai além de uma forma de espiritualidade, é uma forma de resistência também. E a gente luta hoje contra esta intolerância, não somente na Bahia, mas em todo o Brasil.

Afropress - O Estado na Bahia protege a religião do Candomblé, ou os seus adeptos tem que se autodefenderem deste racismo, deste preconceito? O Estado baiano defende esta forma de religião ou não?

Makota Valdina - Veja, na realidade nós sempre lutamos, o movimento negro, as comunidades religiosas. Agora, esta mais evidenciado, porém , nós temos tido mais apoio dos órgãos públicos, especialmente, a partir da administração do Governo Lula. Isto foi uma grande conquista. Realmente a partir do Governo Lula que deu voz , deu espaço para todas as expressões de religiosidade negras, indígenas etc. Entretanto, a sociedade é muito racista, a sociedade ainda rejeita estas religiões.

A sociedade ainda conserva o ranço, a gente tem que lutar por isto. Não basta ter uma lei, não basta ter vontade do Governo, mas é preciso que as pessoas na sociedade brasileira se abram.

O que eu noto é que, à medida em que a gente vai ocupando esses espaços, à medida em que a gente está tendo liberdade para ser aquilo que a gente é, para falar etc. a sociedade brasileira também mostra sua cara racista. E mostra também suas expressões de preconceito.

Afropress - Qual é a porcentagem, a senhora diria, de adeptos da religião do Candomblé na população, em geral, e na Bahia?

Makota Valdina - É difícil de dizer. Eu realmente não sei te dizer em números ou porcentagem porque muitas vezes, muita gente é adepta do Candomblé, mas não assume a religião em público. Agora é que está tendo esta abertura, e as pessoas estão dizendo abertamente.

Até bem pouco tempo as pessoas praticavam o Candomblé, mas diziam que eram católicas. Elas não tinham a prática do catolicismo. Elas tinham a prática diária do Candomblé. Entretanto, ela foi batizada católica um dia porque tinha de ser. As pessoas estão fazendo questão agora de afirmar sua prática. Porém, não podemos perder de vista das muitas pessoas influenciadas pela corrente protestante do neopentecostalismo e a corrente evangélica.

Afropress - A senhora diria então que um dos problemas que o Candomblé enfrenta como religião é o de aceitação por parte dos neopentecostais?

Makota Valdina - Principalmente. Atualmente, o maior problema que nós, adeptos do Candomblé enfrentamos, é o desta corrente neopentecostalista, e de muitos afro-descendentes adeptos também desta e outras variantes da religião protestante.

Não é que você deva ser adepto do Candomblé, ou de qualquer outra religião de matriz africana por ser afro-descendente. Mas você, enquanto afro-descendente, tem que afirmar sua identidade. Você tem que ter orgulho de sua raça. Você tem que ter orgulho de suas histórias. Tem que ter orgulho de sua ancestralidade. Seja você católico, budista, islamita, cristão etc. Mas você não pode negar sua identidade.

É um grande perigo que eu tenho visto ultimamente. E o que eu acho real, é esta alienação dos negros que fazem parte destas igrejas neopentecostais, evangélicas etc, sobretudo a Igreja Universal Do Reino de Deus. Eles negam sua cultura. Há, no Brasil, a lei para o aprendizado sobre a cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas. E muitas vezes alguns pais, e alguns adeptos destas religiões se recusam a estudar a cultura afro-brasileira e a cultura africana. E colocam tudo isto como sendo de Satanás, ou do Demônio. Isto realmente é muito mal.

Afropress - O ano passado houve um incidente na Bahia envolvendo uma mulher adepta da religião do Candomblé. Ela foi presa pela polícia do Estado e, ao que se sabe, até mesmo jogada num formigueiro pelos soldados para que o demônio saísse de seu corpo. Depois ela recontou sua história. Ela disse que não foi bem isso o que aconteceu. A senhora poderia explicar aos leitores da Afropress o que realmente aconteceu?

Makota Valdina - Eu não sei. Não posso explicar uma coisa que não presenciei. Não vivenciei, e nem mesmo falei com a pessoa. Mas, estas expressões de ataques desta maneira são fatos corriqueiros que pessoas tem sofrido, não é? Às vezes até evangélicos que trabalham em órgãos públicos, e o que a gente observa é que nesses ataques, as pessoas se valem de sua posição. E elas agem em nome de suas religiões. Agora, o caso desta mulher, desta Mãe de Santo, ocorrido no sul da Bahia, em Ilhéus, eu não conheço. Não a conheço pessoalmente, nem tampouco tive contato com ela. O que eu sei é de leitura de jornais. Então, não posso fazer uma afirmação de algo que não acompanhei de perto.

Afropress - Por que a senhora está aqui em Nova York?

Makota Valdina - Na verdade, vim para Denver, no Colorado. Fui convidada pela Universidade de Denver, através do Departamento de Estudos Étnicos para falar sobre o Candomblé e a espiritualidade afro-brasileira. Isto ligado às questões étnicas e às questões das lutas por justiça racial. E eu já havia estado aqui antes em Nova York. E algumas pessoas que estiveram em Salvador, e presenciaram uma das minhas palestras, e sabendo que eu estava aqui nos EUA, fizeram o convite para eu vir até o Centro Cultural Caribenho para compartilhar um pouco com as pessoas o que é o Candomblé.

A importância do Candomblé, não somente enquanto religião, mas também para os movimentos sociais negros, para a justiça social, ambiental, e para falar também sobre a interligação com outras expressões de religiosidade da Diáspora.

Afropress - A senhora acredita que com mais esta visita, irá trazer um conhecimento melhor sobre o Candomblé aos afro-americanos, porque eles não tem ainda um grande conhecimento sobre esta religião afro-brasileira?

Makota Valdina - Algumas pessoas tem, sim, o conhecimento sobre o Candomblé. Algumas que praticam a religião via Cuba, como a Santeria, Lucumi, e Palomaiomibi. Eles têm um pouco de noção. E alguns até, à titulo de estudo, estudam um pouco disto também. Eu só vou contribuir, talvez, para algumas pessoas aqui que praticam a Santeria do tipo Lucumi, e Palomaiomibi, que nós afro-descendentes no Brasil também temos esta forma de religiosidade. Na verdade, uma das formas. Eu vou falar de uma das formas que é minha prática, o Candomblé.

Afropress - O que falta para o Candomblé ser uma religião respeitada no Brasil como um todo?

Makota Valdina - O que falta no Brasil, é que a sociedade brasileira cada vez mais seja menos racista. E para mim está ligado a isto. No dia em que nós erradicarmos o racismo da sociedade brasileira, e que os brasileiros se vejam, aqueles brasileiros que muitas vezes se acham brancos, os não negros que se acham brancos, que eles vejam que não são brancos. Que são mestiços. Eles tem também muito da contribuição dos negros em suas vidas e sua cultura.

Então, no dia em que a sociedade brasileira se entender como diversa, como plural, e que, nós negros, somos portadores de um legado deixado pelos seres humanos que foram escravizados, que foram para o Brasil nas condições de escravos, mas que deixaram cultura, deixaram história. No dia em que a sociedade brasileira tiver este conhecimento e se abrir, eu acho que, aí, também, o Candomblé será respeitado da mesma maneira que as demais religiões.

Afropress - Por favor faça as observações que a senhora gostaria para os leitores daAfropress.

Makota Valdina - Olha, estou muito feliz de encontrar um brasileiro aqui, de encontrar alguém da Afropress. Eu conheço esta mídia, via internet, pelos e-mails que recebo. Então, eu acho muito importante a gente ter essa voz aqui, esse porta-voz daqui também. Para mim foi um surpresa, mas fiquei muito feliz de poder compartilhar com os brasileiros coisas que eu estou fazendo aqui. E não em meu nome. Eu não sou Valdina. É uma brasileira, uma baiana, uma afro-brasileira que está aqui compartilhando, que está aqui trazendo um pouco de Brasil.

Afropress - Muito obrigado.

Makota Valdina - Obrigada a você.

Fonte: Afropress

domingo, 20 de março de 2011

MICHELE OBAMA NO BRASIL

Moda Cultura Gente

20.3.11

Estilo Michelle Obama no Brasil

O estilo Michelle Obama na visita presidencial ao Brasil ocorrida entre os dias 10 e 20 de março de 2011 ao lado do marido o Presidente Barack Obama deixará uma forte marca de sua presença.

Se Michelle Obama, 47 anos não se tornou um ícone da moda afroamericana ou mesmo da elite norteamericana ela certamente deixará registrada na crônica das Primeiras Damas dos EUA um estilo próprio em que combina  luxo e frugalidade com a mesma desenvoltura. Seja vestindo roupas de estilistas famosos nas ocasiões formais ou descontraídos vestidos como nos seus deslocamentos de viagem. Ao lado da filhas Malia, 12 anos e Sasha, 10 anos e do marido, Michelle Obama apresenta-se como uma mulher ativa que desfruta de um estilo de vida  saudável complementado por uma postura simpática e descontraída. 

Família presidencial norteamericana Obama: chegada ao Brasil

Família Obama recebida pela Presidente Dilma Roussef

Michelle Obama discursa para jovens em Brasília

Belezas Negras

Barack Obama, Michelle e as filhas no desembarque no Rio de Janeiro

Postado por Ricardo

Marcadores: Barack Obama no Brasil, Michelle Obama

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dia 21 Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e Xenofobia

Diversidade

Seduc celebra o O dia 21 de março, data escolhida pela ONU para marcar a luta pelo combate a discriminação racial e a xenofobia, será celebrado pela Seduc com a realização de atividades artísticas e culturais. Participarão do evento o secretário de Estado da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, o deputado estadual Raul Carrion e o cantor Dante Ramon Ledesma. A atividade foi organizada pelo Grupo de Trabalho que conta com a participação de representantes de todos os setores da secretaria, de outros órgãos estaduais e dos movimentos sociais. O evento tem por objetivo, sensibilizar a comunidade escolar para a importância da implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam do ensino da história dos povos africanos e indígenas.
A abertura oficial acontecerá às 11h, no Espaço de Eventos Professor Luiz Quartieri Filho e contará com a apresentação do Grupo de Capoeira do Mestre Ari e dos hinos Nacional, Pan Africano e Rio-grandense. Além de Azevedo, também participarão da solenidade o representante das Coordenadorias Regionais de Educação, professor Édson Portilho e de Waldemar de Moura Lima, representando o Fórum Permanente de Educação e Diversidade. O deputado estadual Raul Carrion entregará o Estatuto Estadual da Igualdade Racial ao secretário Azevedo. Às 12h terá inicio a Mostra da Diversidade, no saguão do restaurante do CAFF, quando se apresentarão o Grupo Canta Brasil, Micheline Freitas, da Nação Hip Hop Brasil e o violinista Wagner Canabarro. Na ocasião será feita a leitura de uma poesia de Martin Luther King, por Juarez e Tusilé.
O Grupo de Trabalho que está organizando a comemoração solicitou as Coordenadorias Regionais de Educação que realizem atividades descentralizadas. Para a coordenadora da Equipe de Diversidade da Seduc, Eliane Almeida, a comemoração do dia 21 de março contribuirá para a sensibilização do público interno e externo para as políticas públicas educacionais. Ela ressalta que a questão das diversidades terá continuidade, através do diálogo entre a secretaria e as CRES.
Participam da organização do evento, em parceria com a Seduc, o Gabinete da Primeira-Dama, a Secretaria de Estado da Comunicação e Inclusão Digital, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, a Secretaria de Estado da Cultura, a Secretaria de Estado do Turismo, a Secretaria de Estado da Saúde, a CEEE, a PROCERGS, o Fórum Permanente de Educação Étnico Racial do RS, a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, o Sindicato dos Servidores Públicos do RS, a CUT, o Fórum Permanente e Educação e Diversidade Étnico Racial e a Associação dos Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul (Comissão Quilombola).
O encerramento acontecerá às 17h30, com a apresentação do cantor Dante Ramon Ledesma. Antes será possível degustar especialidades africanas, como mini-acarajés e aluá (uma bebida que não contém álcool).
Origem da data
O dia 21 de março foi escolhido pela ONU para celebrar a luta contra a discriminação e a xenofobia, pois, nesta data, em 1960, em Johanesburgo, na África do Sul, mais de 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam passar. O resultado do protesto foi um saldo de 69 mortos e 186 feridos. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Shaperville.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Presidenta Dilma Rousseff convoca das Mulheres

dilma1III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
(Fonte: Comunicação Social da SPM)
http://www.ubmulheres.org.br/component/content/article/1-noticias/127-conferencia.html
Sob a coordenação da SPM e do CNDM
Conferência será realizada de 12 a 14 de dezembro em Brasília
Nesta terça-feira (15/3), a presidenta da República Dilma Rousseff
convocou, por meio de Decreto, publicado no Diário Oficial da União, a
III Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será
realizada em Brasília, nos de 12 a 14 de dezembro. A coordenação da
conferência está a cargo da Secretaria de Políticas para as Mulheres
(SPM) e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM).
Seu objetivo é discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem
a construção da igualdade de gênero para o fortalecimento econômico,
social, cultural e político das mulheres e para a erradicação da pobreza extrema.
A III Conferência adotará o seguinte temário: análise da realidade
nacional social, econômica, política, cultural e dos desafios para a
construção da igualdade de gênero; e avaliação e aprimoramento das
ações e políticas que integram o II Plano Nacional de Políticas para
as Mulheres e definição de prioridades. Ela será presidida pela
ministra da SPM e presidenta do CNDM, Iriny Lopes.
A elaboração de seu regimento é o próximo passo a ser dado.
Leia a íntegra do Decreto
Elza Maria Campos - Coordenação Nacional da UBM
"Continuaremos a lutar pelo bom, pelo melhor e pelo justo" (Olga Benário)
Fone: (41) 9667-9532
elzacampos@ubmulheres.org.br
Visite:
www.ubmulheres.org.br
_______________________________________________
CNDM
CNDM@listas.planalto.gov.br
https://www1.planalto.gov.br/mailman/listinfo/cndm

quarta-feira, 16 de março de 2011

Conferência “Mais mulheres no Poder”

Evento faz parte da programação do mês em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em João Pessoa/PB

A conferência promovida pela Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana será realizada amanhã, 24, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural, e terá a participação da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, que colocará em debate o tema: “Mais Mulheres no Poder: um olhar sobre a Mulher Negra”.

Antes da conferência, às 14 horas, a ministra se reunirá com representantes do movimento negro da Paraíba. Em seguida, participará de reuniões com o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra de Oliveira; a secretária estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Irâe Lucena, e com representantes do governo estadual para firmar possíveis convênios e parcerias, na busca pela promoção da igualdade racial .

-------------------------------------------------

16/03/2011

Brasília, Distrito Federal, Brasil

Comunicação Social

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir

ascom@seppir.planalto.br

(61) 3411-4977 / 3696 / 3670

sexta-feira, 11 de março de 2011

Contratação de consultoria para elaboração de fichas metodológicas do Retrato das desigualdades de gênero e raça

Seleção de consultoria para elaboração de fichas de indicadores


Brasília (Brasil) - A ONU Mulheres - Entidade das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, por meio do Programa Regional Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, comunica a abertura do processo de seleção de consultoria para elaboração de fichas de qualificação metodológica dos indicadores da 4ª edição do Retrato das desigualdades de Gênero e Raça. A data limite para o recebimento de candidaturas é 16 de março.

A oportunidade exige Mestrado em qualquer área, experiência com indicadores sociais, conhecimento das perspectivas de gênero e raça na abordagem de indicadores sociais e boa redação. Para Mais informações, consulte o Termo de Referência.

Os/as interessados/as devem enviar sua proposta de custo total da consultoria, currículo (P11) até 16 de março de 2011 para o endereço eletrônico danielle.valverde@unwomen.org especificando no assunto da mensagem: “Consultoria Fichas de Indicadores”.

A ONU Mulheres adota o princípio da igualdade de oportunidades, com encorajamento às candidaturas de mulheres e afrodescendentes.

--

Taís Diniz Garone

Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - CNPq

Campus Universitário Darcy Ribeiro - UnB Gleba A, ICC Sul Subsolo,  Sala BSS 145

Asa Norte - Caixa Postal 04561 - Brasília - DF - Brasil CEP: 70919-970

(61)  3107-7299- ramal 210 – (61) 3107-7291

"Todos somos responsáveis por todos"(Jean Paul Sartre)
"Somos todos responsáveis por tudo, diante de todos"(Dostoievsky)

terça-feira, 8 de março de 2011

EDITORIAL DA REVISTA CONEXÃO AFRO

N°o1- o8 de  Março ano 2011 -Guaíba- RS -Brasi

REVISTA CONEXÃO AFRO




EDITORIAL

O lançamento da Revista Conexão Afro Online nos remete a reflexão da origem do nome que  expressa um momento mágico criativo jornalístico por podermos elaborar um instrumento politico para ser utilizado em qualquer época em qualquer tempo. Sempre que é usado possibilita  visibilidade as questões afro, cultura arte e tradição de matriz africana, foi pensado inicialmente como um meio da Assobecaty contribuir com a sociedade, estimulando o resgate dos valores de raiz afro. Mesmo sendo criado dentro de um terreiro de tradição, não foi obstáculo para as inovações , um  nome forte apresentado em várias iniciativas. É pioneiro, por estar sempre apostando na interatividade através de programa de rádio comercial, rádio web e comunitária, em sites e nos 38 Blogs mantidos com conteúdos autenticamente produzidos por nós e outros dois de maneira colaborativa. Na 1° Conferência Nacional de Promoção a Igualdade Racial- DF Brasilia (2005) experênciamos a gravação de  documentário em video com autoridades do Brasil  e no ano de 2006, quando foi  realizada a primeira edição do  Jornal Conexão.

O nome tem credibilidade e se apresenta como um instrumento desafiante, para  as religiões  de tradições  afros frente ao terceiro milênio por possibilitar cindir para sempre com a invisibilidade, da raiz africana, assim, como arte e a cultura negra, que entra em discussão, nesse espaço.Foi  realizado o pré - lançamento, em novembro de 2010, dentro da programação do  I Encontro Estadual do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro Brasileiro, INTECAB-SP, acontecimento que nos honra muito e que obteve a presença marcante da mais nobre  tradição  dos orixás no estado de  São Paulo, e alguns outros estados, que testemunharam e abençoaram a iniciativa, do axé do batuque do sul.  Saudamos  Mãe Ana de Ogum e a Mãe Juju de Oxum as mais velhas! Que Ogum e Oxum abençoe os caminhos da Revista Conexão Afro!

Axé São Paulo,  Axé Brasília, Axé Florianópolis, Axé Paraíba, Axé Rio de Janeiro, Axé Belém do Pará, Axé Recife,  Axé Salvador, Axé  Rio Grande do Sul, Axé  Brasil.

Axé Argentina, Axé Uruguai, Axé Portugal, Axé Itália,  Axé Espanha, Axé Africa , AXÉ MUNDO !

Você está convidad@ a acessar este instrumento colaborativo e de compartilhamento de conhecimentos. Dê a sua sugestão, divulgue a sua agenda, traga a matéria de seus eventos contribua com este instrumento de luta, ele é nosso!!!

http://conexaoafro.wordpress.com/

conexaoafro@gmail.com

Mais uma Ação Afirmativa pelo Ano Internacional Afrodescente - ONU 2011


Yalorixá Carmen de Oxalá

Líder Espiritual Assobecaty

Dia Internacional da Mulher -assobecaty mulher

_

quinta-feira, 3 de março de 2011

LUTEI E CONSEGUI


Ebony-300x202 Olhem só que interessante !

Márcia Severino de Oliveira. Assim foi batizada, uma mulher de pele negra, considerada um símbolo contra todas as desigualdades. Márcia, uma brasiliense simpática, tem mais de 40 décadas de caminhada, marcada por sofrimentos, discriminações e vitórias. “Meu pai tinha uma chácara em Águas Lindas de Goiás. Morávamos no DF (Distrito Federal) e aqui ao mesmo tempo, mas meu coração é aguaslindense com certeza”, ressalta.

Popularmente conhecida por Márcia Napoleão – por ser filha do pioneiro e policial federal João Napoleão, que veio viver e morar em Águas Lindas desde 1982 – a professora, formada em pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, sempre lutou pelo direito do povo, como se fosse uma causa particular.

O pai de Márcia ficou conhecido por ajudar na construção da Igreja São Pedro de Águas Lindas de Goiás

Mãe de uma menina de seis anos, Márcia moradora de Taguatinga/DF, fez sua carreira em Águas Lindas de Goiás, onde iniciou como diretora do Colégio Municipal Darci Ribeiro em 1998. “Nesta época me destaquei, pois inovei totalmente. Transformei a escola numa verdadeira casa para os alunos. Cuidava de mais de 1200 alunos, como se fossem todos meus”, afirma Márcia.

Márcia revolucionou o campo acadêmico em Águas Lindas. Transformou as escolas, em um lugar agradável, onde crianças e adolescentes gostavam de ficar o dia todo. “Tenho orgulho de dizer, que fiz a diferença neste município, apesar de tantas dificuldades que passei”, completa.

Exemplo de vida!

Márcia foi além. Ajudou a criar a primeira biblioteca do município. “Já cataloguei mais de quatro mil livros, durante muito tempo. Foi trabalho demais”, brinca.

Além das dificuldades que já existiam em Águas Lindas, a professora teve que enfrentar discriminações. “Infelizmente, passei por isso, fui humilhada por ser negra e por acharem que eu não teria capacidade para certas coisas. Foi muito triste e traumático”, conta Márcia.

Mas a guerreira não permitiu que isso atrapalhasse seus sonhos. Depois de muito tentar entender o que estava acontecendo, a professora descobriu. “Eu tinha medo de enfrentar as pessoas, eu tinha medo de mostrar minha capacidade. E foi justamente este medo, que me ajudou e transformou tudo”, comemora.

Márcia criou então, o projeto “Quebrando a Cultura do Medo”, na tentativa de mostrar a importância das pessoas lutarem pelos seus direitos e não se permitirem sofrer qualquer tipo de discriminação. O projeto deu início na Escola Kennedy, no Setor Pérola, em 2005.

“O projeto serve para as pessoas entenderem uma coisa: não adianta fugir dos problemas, o melhor é encará-los. Graças a Deus, o projeto atende principalmente crianças e adolescentes. Esses precisam aprender desde cedo, o que é lutar pelos direitos. Saber peitar tudo aquilo que for ruim”, explica Márcia.

O projeto tem o apoio do Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade da Presidência da República e atualmente, atende todas as escolas municipais de Águas Lindas de Goiás.

Márcia, feliz e orgulhosa, deixa uma mensagem. “Espero que as pessoas prossigam com este respeito ao próximo e que saibam recorrer quando for necessário. Sempre que precisar: denuncie e dê seu grito de liberdade”.

Texto: Karolline Soares

Foto: Arquivo pessoal

AV. TOCANTINS, 191 - CENTRO
FONE: (62) 3524-2356 -
ASPPIRGO@GMAIL.COM

Fonte: ASPIR

quarta-feira, 2 de março de 2011

Agradecimento ao Pronunciamento do Senador Paulo Paim ao Aniversário da ASSOBECATY

            

 
Brasília, 16 de fevereiro de 2011
 
paulo_paim 1 
      

A Mãe Carmen de Oxalá
 
Yalorixá Líder Espiritual da Assobecaty
 
Quero parabenizar a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, Casa de Tradição Africana com 77 anos de existência, pelos seus 23 anos de instituição da personalidade jurídica que possibilitou o aperfeiçoamento do trabalho social e comunitário que vocês desenvolvem. 
Não posso estar ai, em virtude dos debates pelo reajuste do salário mínimo no Congresso Nacional, mas quero dizer a importância desta instituição para a aprovação  do Estatuto da Igualdade Racial, em especial no debate pela liberdade de consciência e crença. 
Também quero agradecer o apoio de vocês na minha reeleição, nós recebemos mais de quatro milhões de votos e o trabalho de vocês foi fundamental.  Contem comigo hoje e sempre, seja no Rio Grande do Sul ou em Brasília.
 
Um forte abraço

Senador Paulo Paim -PT-RS

Oxalá

__________________________________________________
Ao Senador Paulo Paim
Mais do que uma saudação ao Ylê Assobecaty, as palavras do
Senador Paulo Paim
demonstram a responsabilidade e compromisso mútuos estabelecidos pelo elo do Programa Nacional Cantando as Diferenças que vem unificando as nossas lutas.
A declaraçãoda ONU para 2011 como Ano Internacional do Afrodescendente, a ONU e a confirmação do nome de Paim para presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado pela segunda vez é para nós motivo de orgulho, regozijo e muito trabalho. Estamos contigo Senador Paulo Paim para aprofundar a reflexão e as consequências das nossas práticas !
Axé Mãe Carmen de Oxalá