quinta-feira, 30 de junho de 2011

O poder, as mulheres e a mídia

Renata Noiar
No dia 13 de junho passado, ao começar a entrevista com a ex-candidata à presidência da República Marina Silva (PV) no programa Roda Viva(TV Cultura), a apresentadora Marília Gabriela questionou a existência de um comportamento preconceituoso por parte da mídia quanto à inédita participação de mulheres no atual governo federal, tendo como expoente maior a própria presidenta da República, Dilma Rousseff. Do alto de uma sobriedade impressionante para uma candidatada derrotada no pleito presidencial, Marina alegou estar no ineditismo à falta de habilidade da imprensa em lidar e noticiar a nova realidade da política brasileira.
Mas o que não foi respondido pela ex-senadora – a existência ou não de preconceito no comportamento da mídia – vai se evidenciando no teor do conteúdo da agenda da mídia por parte de uma parcela significativa dos meios de comunicação. Este preconceito se concretizou com as recentes mudanças feitas na equipe de governo. A saída do ministro Pallocci e troca de cadeiras entre os ministros das Relações Institucionaise da Pesca foram o ponto de partida para conteúdos onde gênero é usado a partir do viés do preconceito.

A escolha da senadora Gleise Hoffmannpara Casa Civil e da também ex-senadora Ideli Salvati para o Ministério das Relações Institucionaisabriu espaço para o tom jocoso por parte da imprensa quanto à participação das mulheres no governo federal, que segue em descompasso tanto com a trajetória política das escolhidas da presidenta, quanto com a trajetória de avanços e conquistas obtidos pelas mulheres ao longo de um século. Em sua maior parte noticiado, e muitas vezes festejado, pela própria imprensa. A "República do salto alto, da saia justa", entre outros, são alguns dos estereótipos escolhidos pela mídia para "qualificar" o governo federal.
O sopro machista
Mas mais do que tentar desqualificar, previamente, as mulheres que exercem os três cargos mais altos da República, a imprensa brasileira dá sinais de sua falta de preparo em lidar, por conveniência, com as mudanças vividas pelo mundo em um século de avanços feministas. Ou, o que é pior, de não saber se ajustar a uma nova realidade, ao se valer de machismo em uma tentativa rasa de fazer graça. Não que o humor não se apropriará deste momento e o fará da melhor forma possível, tirando boas gargalhadas de todos, inclusive de mim. Contudo, trata-se aqui do papel de quem deve informar, e não fazer humor. Ao tentar inverter papeis com o humor, a grande mídia deixa claro que se valerá, sempre que lhe for conveniente, de artifícios machistas para desacreditar o governo. Não se importando em retroceder um século, ao tempo em que as mulheres que lutavam por seus direitos eram tidas como loucas, duronas, briguentas, destemperadas... E tantos outros predicados tão em voga nas últimas semanas!
O novo sempre impõe, primeiramente, estranhamento e, em seguida, a adaptação. Entretanto, o cenário atual da agenda da mídia que se utiliza negativamente do gênero em sua pauta seja para criticar, analisar ou noticiar ações do governo federal, não tem nada de inédito, considerando as experiências durante o governo de Luiza Erundina à frente da prefeitura de São Paulo (1988-1992) e de Marta Suplicy, também à frente da prefeitura da maior cidade brasileira (2001-2002) e sede dos maiores veículos de comunicação do país, deixando sinais claros de onde vem o sopro machista que ecoa na mídia brasileira.
Publicado no Observatório da Imprensa, em 27/06/2011 na edição 648
***
[Renata Noiar é jornalista, Brasília, DF]
Fonte
Universidade Livre Feminista

[http://www.feminismo.org.br/livre/index.php?option=com_content&view=article&id=4908%3Ao-poder-as-mulheres-e-a-midia&catid=128%3Apolitica&Itemid=532]
O poder, as mulheres e a mídia

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bacharelado em Gênero e Diversidade na Universidade Federal da Bahia

A professora Silvia de Aquino, da Universidade Federal da Bahia, informa que o curso de graduação em Gênero e Diversidade terá 50 vagas no próximo vestibular. Uma ótima oportunidade para quem quer um curso mais próximo da realidade, com uma visão crítica e com um potencial grande no mercado de trabalho.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

BACHARELADO EM GÊNERO E DIVERSIDADE

Ofício 05/GD/2011 Salvador, 08 de junho de 2011.

Prezadas (os) Senhoras (es),

Estamos encaminhando, em anexo, o cartaz do curso de Graduação, modalidade Bacharelado, em Gênero e Diversidade. Este é um curso da Universidade Federal da Bahia (UFBA), criado em 2008, e que tem por finalidade preparar profissionais para o planejamento, execução e avaliação de políticas públicas com o enfoque de Gênero e Diversidade.

Como as senhoras(es) bem sabem, com a formalização de acordos internacionais e pactuações nacionais e estaduais em torno da questão de gênero e diversidade (o que deve incluir raça/etnia, idade/geração, orientação sexual, etc.), há uma crescente demanda por profissionais especializados(as) para trabalhar com essas questões. Sendo a perspectiva de gênero transversal, a demanda por profissionais nessa área tende a crescer em todo o território nacional, como se verifica em outros países. É a esta demanda que o Bacharelado em Gênero e Diversidade vem responder, sendo a primeira graduação com este perfil, até o momento, no país.

Destacamos que os cargos que um(a) profissional com essa formação pode ocupar, dentre outros, são: a) Assessoria técnica de ministérios, secretarias, instituições públicas; b) Técnicos (as) de Organizações não Governamentais, Instituições Filantrópicas e Fundações; c) Coordenação e execução de pesquisas em instituições públicas e privadas; d) Carreira acadêmica em instituições públicas e privadas; e) Técnico (a) especializado (a) em gênero e diversidade em empresas com programas de responsabilidade social e equidade.

Para maiores informações sobre o nosso curso, recomendamos uma visita ao site: http://www.neim.ufba.br/site, clicando no link Ensino e Formação. Sobre o vestibular da UFBA: http://www.vestibular.ufba.br.

Por fim, solicitamos a gentileza de divulgar os cartazes entre os contatos de sua instituição. Certas de sua compreensão e apoio, agradecemos a atenção antecipadamente.

Cordialmente,

Profa. Dra. Silvia de Aquino

Coordenadora do Colegiado do Bacharelado em Gênero e Diversidade

Pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM/UFBA

cartaz2011ufba

Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM

A retomada do projeto "emancipacionista" das mulheres no Brasil, em meados dos anos 70, foi marcada não apenas pela ampla mobilização de mulheres em torno de questões específicas à condição feminina em nossa sociedade, mas também pelo crescente interesse em estudos e pesquisas em torno dessa temática, dando margem ao surgimento de grupos, núcleos de estudos nessa área em diferentes universidades brasileiras, bem como em associações científicas nacionais, constituindo-se em espaços privilegiados para a necessária permuta de experiências e o aprofundamento de reflexões teórico-metodológicas sobre a problemática da mulher e relações de gênero.

A história do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM tem refletido estes avanços. Criado em maio de 1983, como núcleo então vinculado ao Mestrado em Ciências Sociais da UFBA, o NEIM se destaca não apenas por ser o núcleo de estudos feministas mais antigo do país, como também por sua atuação marcante e continuada na promoção de uma serie de atividades nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão, tendo sempre em vista a formação de uma consciência crítica acerca das relações de gênero hierárquicas, predominantes em nossa sociedade, e da conseqüente especificidade da condição feminina.

Em 1995, o NEIM conquistou um lugar de maior destaque na UFBA, ascendendo à categoria de órgão suplementar. Hoje o Núcleo é reconhecido pela sua competência, tanto no âmbito nacional quanto internacionalmente, destacando-se dentre os principais centros de ensino e pesquisa na área dos estudos sobre a mulher e as relações de gênero do país. No âmbito nacional tal reconhecimento materializa-se com a criação do programa de Pos-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM), o primeiro nessa temática no país e na América Latina

Formado inicialmente por um pequeno grupo de professoras e alunas da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, muitas oriundas do Grupo Feminista Brasil Mulher, o NEIM logo passou a contar também com a participação de docentes vinculados a outras unidades de ensino e pesquisa da UFBa. Atualmente o NEIM dispõe de uma equipe de mais de 25 pessoas, incluindo professoras pesquisadoras, pesquisadoras associadas, bolsistas, estagiárias/os, e pessoal técnico-administrativo.

OBJETIVOS

Estimular a realização de estudos e pesquisas interdiciplinares sobre as questões das mulheres e relações de gênero.Desenvolver o ensino sobre o tema através da promoção de cursos, seminário e debates.Fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas que visem a equidade de gênero.Desenvolver atividades de extensão e assessorias, contribuindo para o encaminhamento prático de soluções de problemas ligados às mulheres.Participar de eventos nacionais e internacionais relativos às questões das mulheres e relações de gênero.Publicar e divulgar resultados de pesquisas em torno da temática mulheres e relações de gênero.Manter centro de documentção com publicações nacionais e estrangeiras, além de trabalhos inéditos (teses, etc)

Direção atual
Márcia Macêdo (diretora)
Silvia Lúcia Ferreira (vice-diretora)
neim@ufba.br

STF julgará direito a interrupção da gestação de anencéfalos

Agência Patrícia Galvão

(O Globo) Em agosto, o Supremo Tribunal Federal deverá julgar a ação que autoriza a antecipação do parto em caso de gravidez de feto anencéfalo. Há mais de sete anos, é aguardada a decisão dos ministros do STF sobre esse tema.

A Corte, que autorizou recentemente uniões homossexuais e permitiu a marcha pela maconha, está dividida: cinco ministros devem votar pelo direito de escolha da gestante; enquanto outros três tendem a votar de forma oposta. Ainda é uma incógnita a opinião de dois ministros. E um dos 11 ministros, José Antonio Toffoli, não decidiu se vai participar.

Atualmente, o Código Penal autoriza o aborto somente quando a gravidez é resultado de estupro ou coloca em risco a vida da grávida.

Antecipação terapêutica do parto
A polêmica chegou ao STF em junho de 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, que pediu à Corte o direito de interromper essas gestações. Para a entidade, não se trata de aborto, mas de “antecipação terapêutica do parto”.

Enquanto o tribunal não define uma posição sobre o assunto, juízes e tribunais nos estados têm autorizado, na maioria dos casos, a interrupção da gravidez quando o feto é anencéfalo.

Leia essas matérias:
STF julgará direito a aborto de anencéfalos (O Globo - 27/06/2011)
Joaquim Barbosa sinalizou com mudança de voto (O Globo - 27/06/2011)

Fonte Universidade Live Feminita

domingo, 26 de junho de 2011

Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica

Agência Patrícia Galvão

Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.


Desse total, 63% tomaram alguma atitude, o que demonstra a mobilização de grande parte da sociedade para enfrentar o problema.

Esses são alguns dos achados da pesquisa Instituto Avon/Ipsos – Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, divulgada hoje (28/06). Entre 31 de janeiro a 10 de fevereiro de 2011, foram entrevistados 1.800 homens e mulheres acima de 16 anos que vivem nas cinco regiões brasileiras. A pesquisa contou com a contribuição do Instituto Patrícia Galvão e da Palas Athena.
Trata-se do segundo estudo sobre o tema realizado pelo Instituto Avon. O primeiro foi feito em 2009, em parceria com o Ibope.
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“A pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Avon contribui para a compreensão das atitudes e percepções sobre violência
doméstica aqui no Brasil, como também abre oportunidades para educação e recursos que vão não somente assistir as vítimas no curto prazo, como também colaboram para por fim no ciclo da violência contra as mulheres no longo prazo.”
Andrea Jung, presidenta mundial da Avon

59% conhecem uma mulher que já sofreu violência doméstica

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“Ao mostrar que 59% dos entrevistados declaram conhecer alguma mulher que já sofreu agressão, a pesquisa nos indica que estamos conseguindo quebrar - mesmo que devagar, mas com consistência - a ideia de ‘naturalidade’ da violência contra a mulher. Há um crescimento da tomada de conhecimento dessa violência no país, não só da sociedade, mas do Estado brasileiro, que esteve distante de políticas públicas para enfrentar esse problema.”

Iriny Lopes, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República


94% conhecem a Lei Maria da Pena, mas apenas 13% sabem o conteúdo

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“O problema da violência doméstica é muito sério e vai se tornar cada vez mais visível. A Lei Maria da Penha ainda é nova; quanto mais a Lei se tornar conhecida, mais casos de mulheres que sofrem violência irão aparecer. A partir da Lei, as pessoas conseguem identificar que uma amiga, uma vizinha sofre violência.

A Lei está mostrando para o país que a violência contra a mulher é muito grande. Mas ela precisa ser mais conhecida e a imprensa tem um papel fundamental em divulgá-la. Não só jornais, rádios, mas também os programas infantis devem, de forma leve, mostrar para as crianças o que é a violência e orientá-las para pedir ajuda. Uma criança que vivencia um pai agredindo uma mãe também é uma vítima.”

Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica que deu nome à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que coíbe e pune a violência doméstica contra as mulheres

62% reconhecem a violência psicológica

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“A pesquisa demonstra, com números contundentes, que a percepção de homens e mulheres sobre a gravidade da violência contra a mulher avança na sociedade brasileira. Hoje, 62% da população já reconhece a violência psicológica como uma forma de violência doméstica.”
Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão
Método inédito: anonimato permite dados mais próximos da realidade

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“Esta é a primeira pesquisa que capta informações de homens e mulheres em condição de anonimato. Em certo momento da entrevista, as pessoas preenchem algumas perguntas sem se identificarem, nos revelando um comportamento o mais próximo possível da realidade. Um dos fatos mais importantes revelados pela pesquisa é que 62% reconhecem aspectos bastante diferenciados do que seja a violência, como agressões verbais, humilhação, ameaças e outras formas de violência psicológica. Até pouco tempo atrás, não tínhamos esse tipo de percepção.

Na música, no cinema, a imagem é sempre do tapa, do soco, da agressão física. A pesquisa aponta que a percepção da violência está sendo redefinida. Importante também que o estupro doméstico, pela primeira vez, é identificado como forma de violência.”

Fátima Jordão, socióloga, especialista em pesquisas de opinião e conselheira do Instituto Patrícia Galvão

27% das mulheres entrevistadas declararam já ter sido vítimas de violência doméstica – enquanto apenas 15% dos homens admitiram ter praticado esse crime


juniapuglia_mm7"Um dado importante e inovador da pesquisa é a inclusão e o reconhecimento do sexo forçado como uma forma de violência, porque a disponibilidade sexual das mulheres é um dado quase pacífico nas relações afetivas. É a primeira vez que o tema estupro aparece e isso mostra um avanço na percepção das mulheres sobre si mesmas, que passam a não concordar mais com o ato sexual com a obrigação de atender o homem e estar sempre disponível para o marido."

Júnia Puglia, coordenadora de Programa da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul

Acesse a versão em pdf da publicação com os principais achados da Pesquisa Instituto Avon/Ipsos - Percepções sobre a Violência Doméstica Contra a Mulher no Brasil (2011)

Mais informações:
Betina Piva: redacao.betina@ppagina.com
(11) 5575-1233, ramal 212 – (11) 9464-2098
Fonte: Universidade Livre Feminista

sexta-feira, 24 de junho de 2011

expulsar mulheres de sua seleção nacional “não porque são jogadoras ruins, mas porque são lésbicas”.

  Caro Amigo,

Acabei de assinar uma petição pedido à FIFA que dê um cartão vermelho para a Federação de Futebol da Nigéria por expulsar mulheres de sua seleção nacional “não porque são jogadoras ruins, mas porque são lésbicas”. 

Esta semana, a treinadora da seleção feminina da Nigéria disse ao New York Times que lidou “com o grande problema” do lesbianismo no time. Ela foi clara: o amor entre duas mulheres é “um assunto sujo”.

Mas existe algo que a gente pode fazer. Na luta contra a intolerância e a discriminação, a FIFA, o órgão governante do futebol mundial, tem muita autoridade moral e pode usá-la para tomar uma posição clara contra este preconceito absurdo.

Com a Copa do Mundo Feminina começando neste fim de semana, você pode perder um minuto para pedir ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, para jogar limpo e investigar as perseguições e as demissões de jogadoras “suspeitas” de serem gays?

http://www.allout.org/pt/fifa

Leila Lopes

61 81806813
www.coppirdf.blogspot.com

www.redesapata.blogsport.com

1ª JUIZA NEGRA DO BRASIL LUISLINDA VALOIS

Depoimento Luislinda Valois - Viver a Vida - 05/05

Mulher, negra, iniciada em Candomblé, nordestina e determinada: essa é a juíza baiana Luislinda Valois

Março 10, 2011 por Dayane

 

“Sou filha de Iansã, sou pintada, raspada, uso minhas contas onde passo e defendo meus orixás em todos os espaços que Deus deixou no mundo.”(Fonte da citação: bahianoticias.com.br)

O professor pediu o material de desenho, a custo o pai de Luislinda conseguiu comprar um, meio remendado. Pois bastou o professor ver o material para magoá-la para sempre. “Menina, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Ela chorou, ainda se emociona quando relembra, 58 anos depois. Mas tomou coragem e retrucou: “Vou é ser juíza e lhe prender”. A primeira parte, ela cumpriu. Em 1984, a baiana Luislinda Valois Santos tornou-se a primeira juíza negra do País. Não à toa, também foi quem proferiu a primeira sentença contra racismo no Brasil. Em 28 de setembro de 1993, condenou o supermercado Olhe Preço a indenizar a empregada doméstica Aíla de Jesus, acusada injustamente de furto. Aos 67 anos, lança em agosto seu primeiro livro, O negro no século XXI.

Como foi sua infância? Imagino que não tenha tido muitos recursos…

Faça uma pequena ideia (risos). Minha mãe era lavadeira e costureira e meu pai era motorneiro de bonde. Minha infância foi miserável, mas meus pais sempre primaram pela educação e pela nossa saúde. Quando eu tinha 9 anos, estava começando a estudar, um professor pediu um material de desenho e meu pai, coitado, não pôde comprar o que ele pediu, mas comprou outro. Quando cheguei à escola, feliz da vida, ele disse: “Menina, se seu pai não pode comprar o material, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Imagine como foi marcante pra mim (chora). Saí chorando. Mas sou muito impetuosa. Voltei, fui em cima dele e falei: “Não vou fazer feijoada para branco, não. Vou é ser juíza e lhe prender”. Em casa, ainda tomei uma baita surra do meu pai. Naquela época, não se podia desrespeitar professor.

Começou a trabalhar cedo?

Com 7 anos, quis aprender datilografia e, para pagar o curso, minha mãe sugeriu que eu lavasse aquelas fraldas de pano que se usava na época. Aí fiz isso. Mas, trabalhar realmente, comecei com 14 anos, como datilógrafa. Comecei na Companhia Docas da Bahia e, logo em seguida, minha mãe tinha acabado de morrer, me arrumaram um trabalho no DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, hoje Dnit). Fui crescendo lá: trabalhei como escrevente, escriturária, chefe de orçamento. Estudei filosofia, não concluí, depois comecei teatro, mas meu pai não me deixou cursar, disse que era coisa de prostituta. Aí, um dia, decidi fazer direito. Já tinha uns 34, 35 anos. Me inscrevi e passei na Universidade Católica. Me formei aos 39 anos, no dia 8 de dezembro e, no dia 9, começaram as inscrições para o concurso de procurador do DNER. Passei em primeiro lugar no Brasil. Mas não pude assumir aqui.

Por que não?

A pessoa que passou em último também era daqui da Bahia. Como eu não tinha padrinho político, algumas autoridades me puseram numa sala e falaram: “Doutora, precisamos da sua vaga aqui. Vamos lhe oferecer Sergipe ou Paraná”. Aí falei: como vocês estão me mandando embora, vou logo para longe. Fui para o Paraná. Com 90 dias, o chefe da procuradoria de lá se aposentou e fui designada para a vaga dele. Morei lá quase 8 anos.

Li que, antes de estudar direito, a senhora participou de um concurso de beleza. Como foi isso?

Trabalhava no DNER, tinha uns 20 anos, e um dia me chamaram na diretoria e falaram: “estão abrindo um concurso da Mais Bela Mulata e você vai ser a nossa miss” (risos). Aí eles foram falar com meu pai. Era de maiô e tudo, imagine… Meu pai ficou bastante reticente, mas por fim pediu a seu Rangel, que era o chefe do administrativo, para assinar um documento se responsabilizando pela minha integridade física (risos). A integridade física da época era a tal da virgindade, a preocupação era essa. Teve várias etapas. As mais importantes foram no Forte de São Marcelo e na Rua Chile, que era o point. Ganhei como Miss Simpatia.

E como se tornou juíza?

Estava em Curitiba e vim de férias para cá, soube do concurso pelo jornal A TARDE, que meu pai comprou. Falei: pronto, é agora. No dia seguinte, fiz a inscrição e as provas. Aí, uma noite, o telefone tocou e a menina disse que eu tinha sido aprovada. Acordei meia Curitiba, né? (risos). O fato de ser a primeira juíza negra do Brasil só me dá responsabilidade. Até hoje só temos dois ministros negros nos tribunais superiores. Por que isso? A inteligência não é privacidade de nenhuma raça. Até porque só existe uma raça, a humana. Ser juíza não é difícil. É só ter bom senso, estudar de manhã, meio-dia, de tarde e de noite e gostar de lidar com gente. Não pode pensar que, só porque o cidadão é marginal, ele já merece estar enclausurado. Primeiro se vai ver por que aquele sujeito virou marginal. A sociedade é quem escolhe quem vai delinquir. E te digo mais: nesse momento, a sociedade escolheu que é o negro, pobre, jovem, da periferia. Na hora que se tem de condenar, se não tiver a quem condenar, se condena o negro, mesmo que ele ainda esteja no ventre da mãe.

A senhora falou que não é “porque o cidadão é marginal que já merece estar enclausurado”. A sociedade espera uma resposta, de todo modo.

A sociedade não colabora para que as pessoas não cheguem a delinquir. O que é que se tem de dar? Oportunidades. Primeiro, educação de qualidade e continuada. Imagine uma pessoa que tem oito, dez filhos, se depara uma manhã sem ter o pão para alimentar seus filhos. Se não tiver muito equilíbrio, faz bobagem.

Já se viu diante de um caso desse? Como a senhora agiu?

Já, no interior. Resolvi da seguinte forma: fui até o prefeito e consegui um serviço de jardinagem para ele. A pena que dei foi que, com o primeiro salário, ele pagasse o que tinha pego. Nunca mais ouvi falar que esse rapaz fizesse nada de ilegal. Digo sempre o seguinte: se tiver eu e uma loira juntas, o que sumir primeiro, fui eu que peguei. É sempre o negro que é o delinquente de hoje.

No seu trabalho como juíza, ainda sofre muito preconceito?

Sou a sétima juíza mais antiga do Estado e nunca consegui ser convocada para o Tribunal. Me sinto preterida. Tenho certeza de que já era para eu ser desembargadora há muito tempo, preencho todos os requisitos. Para se saber o que é racismo, é só ficar negro por 48h. Certa vez, no juizado de Piatã, aproveitei o tempo para arrumar uns processos. Chegou uma advogada e falou: ‘O juiz vem hoje?’. Eu aí fiz um sinal para a moça não dizer que era eu. A advogada ficou lá, reclamando que juiz nunca chegava na hora, coisa e tal. Na hora da audiência, subi, pus a toga e, quando ela me viu, não acertou fazer nada. Tive de adiar a audiência. Falei: ‘Tenha paciência, a senhora toma um chazinho de erva-cidreira e, amanhã, nós continuamos’. Precisa maior racismo do que esse?

A senhora proferiu a primeira sentença contra racismo no Brasil. Como foi a repercussão do caso?

Me lembro bem. Aíla Maria de Jesus foi a um supermercado e quando estava saindo, o segurança a humilhou, disse que ela tinha posto na bolsa um frango congelado e dois sabonetes. Ela falou que, se ele chamasse a polícia, ela abriria a bolsa. Aí, a polícia chegou e viu que não tinha nada. Na época, a repercussão foi que o feitiço virou contra o feiticeiro (risos). Comecei a receber ameaças, o pessoal ligava para a minha casa dizendo: “Onde é que essa negra faz supermercado?” Fiquei com medo e pedi afastamento, resolvi voltar para Curitiba. Aí fui ao banco com meu filho, me sentei e ele foi resolver as coisas para mim. Passou um tempo o segurança ficou me olhando, depois veio outro, depois veio o gerente. E eu lá sem saber o que fazer. Pensei: se eu me mexer para pegar minha carteira de juíza, eles podem pensar que eu estou armada e me matar. Quando meu filho voltou, criei alma nova. Ele falou: “O que é isso com minha mãe?”. E o gerente respondeu: “Ela ficou muito tempo aí sentada”. Chorei a tarde inteira.

No livro O negro no século XXI, a senhora diz que “a Justiça é inacessível ao negro pobre”. A senhora é uma das idealizadoras do Balcão de Justiça e Cidadania, que atende moradores das periferias. Isso vem melhorando?

Sim. Criei o Balcão de Justiça e Cidadania, o Justiça Bairro a Bairro, Justiça Itinerante da Bahia de Todos-os-Santos e o programa Justiça, Escola e Cidadania, para levar a Justiça às escolas públicas. Recebi em Brasília, em 2006, o Primeiro Prêmio de Acesso à Justiça, pelo trabalho desenvolvido pelo Balcão. A ideia é resolver conflitos pela mediação, inclusive divórcios, separações, pensão alimentícia, que são os casos mais frequentes. As pessoas acham que, para ir até a Justiça, têm de estar com uma roupa muito arrumada, mas não precisa nada disso. Hoje, trabalho no juizado da Unijorge, que eu implantei.

Por que a Justiça na Bahia é uma das mais lentas no Brasil?

Primeiro, temos um número pequeno de magistrados e um número inaceitável de desembargadores. No Paraná, que é bem menor que a Bahia, são 120 desembargadores. Aqui, são apenas 35. É humanamente impossível. E a falta de recursos colabora bastante negativamente.

O movimento negro muitas vezes pleiteia políticas específicas, como as cotas. Isso não fere a Constituição, que diz que “todos são iguais perante a lei”?

Não se pode igualar os desiguais. Tudo que é inferior é encaminhado ao negro. As cotas são importantes, mas não permanentemente, porque senão parece esmola. É enquanto se equipara o ensino público e privado. O problema é que a qualidade da escola pública não melhora.

A maioria das vítimas de homicídio em Salvador são jovens negros. Qual é a parcela de responsabilidade da Justiça? Há apenas duas varas do júri para julgar esses casos.

Depois da visita a presídios, resolvi criar um projeto: Inclua no trabalho e na educação e exclua da prisão, para ocupar os jovens da periferia. A televisão fica com aquele ‘compre, compre, compre’. O adolescente vê um tênis e quer adquirir, seja como for. Pai e mãe também não têm condições, saem para trabalhar, deixam o menino sozinho. O que acontece? O traficante vai e coopta. O poder público é culpado por não dar condições para as famílias terem uma vida mais digna. Isso tudo vai desaguar no Judiciário, e falta estrutura.

No livro, a senhora também fala sobre aborto. É a favor da descriminalização?

Acho que se trata o assunto olhando somente a mulher pobre. A mulher rica faz aborto a todo instante, mas isso não vem a público, ela não morre, nem é presa. Acho que tem de deixar de ser crime, sim. Ninguém aborta porque quer.

A senhora é de santo, e o pastor Márcio Marinho, da Igreja Universal, assina a contracapa do seu livro. Como é a relação de vocês?

Me criei no candomblé, sou filha de Iansã. Acho que, primeiro, não se deve olhar a religião da pessoa, mas sim quem ela é. Já fiz parcerias com a Igreja Universal, e eles sempre cumpriram o papel deles.

Texto Tatiana Mendonça tmendonca@grupoatarde.com.br

Fotos Rejane Carneiro rcarneiro@grupoatarde.com.br

Fonte: Revista Muito #69 (26 de julho de 2009)

Entrevista extraída do blog: rogerioalcazar.wordpress.com

Fonte do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bAhGu8utIkc

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mestrado em Mudança Social e Participação Política

Aberto edital do processo seletivo para o mestrado em Mudança Social e Participação Política - 1º Semestre 2012 na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

http://each.uspnet.usp.br/pos/pos-edital-mudancasocial.pdf

LINHA DE PESQUISA: PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO LOCAL 

GRUPO DE PESQUISA 1

A) Territorialidades, Políticas Públicas e Conflitos na Conservação de Patrimônios

Docentes: Hervé Théry, Neli Aparecida de Melo Théry e Sidnei Raimundo

B) Memória, Patrimônio Cultural e Natural e Desenvolvimento Local

Docentes: Andrea Cavicchioli, Silvia Helena Zanirato

C) Políticas Públicas e Gestão Participativa

Docentes: Ana Paula Fracalanza, Úrsula Dias Peres

D) Memória Coletiva, Participação e Dinâmicas Comunitárias

Docentes: André Viude, Soraia Ansara

LINHA DE PESQUISA: AÇÕES COLETIVAS, MOVIMENTOS E MUDANÇAS SOCIAIS

GRUPO DE PESQUISA 2

A) Psicologia Política, Políticas Públicas e Multiculturalismo

Docentes: Alessandro Soares da Silva, Marco Antonio B. de Almeida, Salvador A.M.

Sandoval

B) Movimentos Sociais: Sustentabilidade e Dimensão Socioambiental

Docentes: Bernardo Mançano Fernandes, Marcos Bernardino de Carvalho

C) Mudanças Socioespaciais

Docentes: Diamantino Alves C. Pereira, Gerardo Kuntschik

D) Saúde Coletiva, Gênero e Mudança Social

Docentes: Aurea Maria Zölner Ianni, Elisabete Franco Cruz

E) Educação, Sociedade e Políticas Públicas

Docente: Maria Eliza M. Bernardes

Mestrado em Mudança Social e Participação Política

Aberto edital do processo seletivo para o mestrado em Mudança Social e Participação Política - 1º Semestre 2012 na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

http://each.uspnet.usp.br/pos/pos-edital-mudancasocial.pdf

LINHA DE PESQUISA: PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO LOCAL 

GRUPO DE PESQUISA 1

A) Territorialidades, Políticas Públicas e Conflitos na Conservação de Patrimônios

Docentes: Hervé Théry, Neli Aparecida de Melo Théry e Sidnei Raimundo

B) Memória, Patrimônio Cultural e Natural e Desenvolvimento Local

Docentes: Andrea Cavicchioli, Silvia Helena Zanirato

C) Políticas Públicas e Gestão Participativa

Docentes: Ana Paula Fracalanza, Úrsula Dias Peres

D) Memória Coletiva, Participação e Dinâmicas Comunitárias

Docentes: André Viude, Soraia Ansara

LINHA DE PESQUISA: AÇÕES COLETIVAS, MOVIMENTOS E MUDANÇAS SOCIAIS

GRUPO DE PESQUISA 2

A) Psicologia Política, Políticas Públicas e Multiculturalismo

Docentes: Alessandro Soares da Silva, Marco Antonio B. de Almeida, Salvador A.M.

Sandoval

B) Movimentos Sociais: Sustentabilidade e Dimensão Socioambiental

Docentes: Bernardo Mançano Fernandes, Marcos Bernardino de Carvalho

C) Mudanças Socioespaciais

Docentes: Diamantino Alves C. Pereira, Gerardo Kuntschik

D) Saúde Coletiva, Gênero e Mudança Social

Docentes: Aurea Maria Zölner Ianni, Elisabete Franco Cruz

E) Educação, Sociedade e Políticas Públicas

Docente: Maria Eliza M. Bernardes

SEMINÁRIO " Mulheres Negras no Poder "Rio Grande do Sul, Brasil e América Latina

Contamos com sua presença no dia 25 de julho  SEMINÁRIO " Mulheres Negras no Poder " que será realizado nos dias:

   25 de Julho na Assembléia Legislativa-Plenarinho -3º andar a partir das 9 horas.

   26 de Julho I º Encontro de Yás no Ano Internacional Afrodescendente, Casa de Cultura Mário Quintana

Com Nossas saudações Comunitárias e Axés

Movimento 13 de Maio Abolição Não Conclusa Para as Mulheres Negras
Angélica Mirinhã
84842736
332102382
CMP
Central de Movimentos Populares do Estado do Rio Grande do Sul
Mãe Carmem do Oxalá
30556655
85748858
ASSOBECATY
Associação Beneficiente Cultural Templo de Yemanjá

Denise Flores
Denise Flores
*"La tecnologia no sirve de nada sin educación ni desarrollo cultural y
educativo para el pais. Sirve de mercado para las multinacionales, pero no
le sirve a la gente"*
Manuel Castells

SEMINÁRIO " Mulheres Negras no Poder "Rio Grande do Sul, Brasil e América Latina

Contamos com sua presença no dia 25 de julho  SEMINÁRIO " Mulheres Negras no Poder " que será realizado nos dias:

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   25 de Julho na Assembléia Legislativa-Plenarinho -3º andar a partir das 9 horas.

   26 de Julho I º Encontro de Yás no Ano Internacional Afrodescendente, Casa de Cultura Mário Quintana

Com Nossas saudações Comunitárias e Axés

Movimento 13 de Maio Abolição Não Conclusa Para as Mulheres Negras
Angélica Mirinhã
84842736
332102382
CMP
Central de Movimentos Populares do Estado do Rio Grande do Sul
Mãe Carmem do Oxalá
30556655
85748858
ASSOBECATY
Associação Beneficiente Cultural Templo de Yemanjá

Denise Flores 
Denise Flores
*"La tecnologia no sirve de nada sin educación ni desarrollo cultural y
educativo para el pais. Sirve de mercado para las multinacionales, pero no
le sirve a la gente"*
Manuel Castells

sexta-feira, 17 de junho de 2011

NZINGA - Coletivo de Mulheres Negras

Há 28 anos
foi fundado, no Rio de Janeiro, o
NZINGA - Coletivo de Mulheres Negras,
uma iniciativa de Lélia Gonzalez e companheiras negras militantes da luta do
Movimento de Mulheres Negras

Rio de Janeiro, 16 de junho de 1983

Axé Muntu! diria Lélia Gonzalez
Esta foi a arte da blusa de malha que as "nzingueiras" usavam.
Esta também foi a arte do papel oficial do Coletivo
- arte proposta por Lélia lançando mão de fundamentos femininos de África -
- arte por Deborah Costa -

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Agenda de Mãe Carmen de Oxalá esta concorridissíma para a Semana da Consciência Negra 2011

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Seu é  Carmen de Oliveira . No  Brasil é conhecida , querida e respeitada como  Mãe Carmen de Oxalá . Marcar um encontro com ela pode levar algumas semanas —  e para viagens , seminários e palestras  pode levar meses sua agenda anda, sempre concorriíssima. Só  para ter uma idéia no mês de novembro na Semana da Consciência Negra do ano 2011, tem agenda de  palestra em Maceió e diversas palestras no sul do país,  já estão confirmados. 

Mãe Carmen de Oxalá

Fone :30556655

Email:maecarmendeoxalá@hotmail.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mãe Carmen de Oxalá recepciona o Prof. Dr. Sidnei Barreto Nogueira

Prof.Dr. Sidnei barreto Nogueira chega  pela primeira vez em Porto Alegre, vem realizar uma agenda de quatro dias. Mãe Carmen de Oxalá recepciona  o autor do Livro Coisas do Povo do Santo.