segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rede Feminista de Saúde

Porto Alegre, 11 de abril de 2011 - Edição Extra


Rede Feminista de Saúde na mesa de abertura da reunião anual das Nações Unidas, em Nova Iorque
A Rede Feminista de Saúde, como integrante da delegação oficial do Brasil,  está participando  desde hoje pela manhã, 11, até sexta-feira, 15, da 44ª reunião anual da Comissão de População e Desenvolvimento do Conselho de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas, em Nova Iorque. A RFS está representada pela cientista política Telia Negrão, secretária executiva e integrante do conselho diretivo da Rede de Saúde de Mulheres Latino Americanas e do Caribe, RSMLAC. Hoje pela manhã, Telia  ocupou o assento da  delegacão brasileira na sessão de abertura. 
Além da coordenação da RFS, também está presente a jornalista e ativista da saúde pública, Alessandra Nilo, diretora da Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, de Pernambuco, organização filiada à Rede, e assessora em Direitos Humanos do Conselho Latino Americano e Caribenho de Org. com Serviços em SIDA - LACCASO,  e a advogada Beatriz Galli, pelo IPAS Brasil, organização não-governamental que trabalha com temas ligados a saúde reprodutiva da mulher através de projetos na área da violência sexual, reforma legal, técnicas e ética.

A delegação brasileira agrega ainda o professor Eduardo Rios Neto, presidente da  Comissão Nacional de População e Desenvolvimento - CNPD e a equipe da Bemfam. O Governo Brasileiro não enviou representação de ministérios. No entanto, o posicionamento que será levado pela missão brasileira reafirma integralmente o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo 1994) que estabeleceu a formulação para os direitos reprodutivos, como direitos humanos, e um conjunto de princípios, diretrizes e metas  que devem nortear as políticas públicas e as leis relacionadas à população e ao desenvolvimento.  A delegação brasileira enfatizará  a necessidade de manter a linguagem de direitos e de não permitir  o retrocesso no campo dos direitos reprodutivos e da sexualidade.
Na pauta da reunião  as violações de direitos sexuais e reprodutivos das pessoas vivendo com HIV/Aids, mortalidade materna, saúde infantil, a violência contra as mulheres e o cumprimento do Programa de Ação do Cairo – CIPD/1994. A Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe – RSMLAC está divulgando sua declaração pública – Mulheres do Terceiro Milênio: Saúde integral e Direitos Sexuais e Reprodutivos Plenos - frente à realização desta reunião anual da ONU. No texto, a organização destaca que não basta que as mulheres tenham alcançados os mais altos cargos políticos e de representação em seus países e organismos internacionais, se no cotidiano de suas vidas “continuam sendo violentadas, excluídas das tomadas de decisões, discriminadas no trabalho e subordinadas socialmente”. A nota prossegue apontando a necessidade do cumprimento da implementação do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo/1994) e seus sucessivos acordos internacionais e regionais, bem como dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.


Vera Daisy Barcellos - Jorn. Reg. Prof. 3.804

Assessoria de Imprensa da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
comunicarede@redesaude.org.br

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